Numa ação de campanha em Ponte de Lima, terra de onde é natural o canoísta, Rui Rio felicitou-o e à população local pelo título de campeão do mundo conquistado em K1 1.000 metros nos Mundiais de Copenhaga, mas passou também uma mensagem política.

“Ele mostra-nos a todos, principalmente mostra ao Governo e ao PS que não vamos lá na vida com facilitismo, temos que ir com trabalho e com rigor. Fernando Pimenta só consegue ser campeão do mundo com trabalho e com rigor”, defendeu.

Como exemplo máximo desta forma de fazer política, Rio reiterou as críticas ao primeiro-ministro por “andar de bazuca em punho a fazer campanha eleitoral pelo PS” e, numa Câmara que o partido vai disputar com o CDS-PP, não houve uma palavra de crítica ao parceiro de coligação em mais de 140 concelhos.

O rigor foi também o termo usado pelo presidente do PSD na sua intervenção para retomar o apelo que já tinha feito hoje em Caminha ao Governo para aumentar a fiscalização aos apoios sociais, como o subsídio de desemprego ou rendimento social de inserção.

“As pessoas estão acomodadas à assistência social, aos subsídios que o Estado dá e preferem não trabalhar”, afirmou, numa parte do discurso aplaudida pela mais de uma centena de pessoas que acompanharam a arruada por Ponte de Lima, seguida de breves discursos.

Rio pediu também rigor ao presidente do PS, Carlos César, a quem acusou de ter mentido quando disse que os socialistas eram “o único que conseguia concorrer nos 308 concelhos” de Portugal, notando que em Ponte de Lima não o fazem (os socialistas apoiam Abel Baptista, ex-deputado do CDS-PP que concorre como independente).

Antes dos discursos, houve tempo para uma breve arruada, com os apoiantes já animados pelo porco no espeto e uma máquina de cerveja instalados no jardim de Ponte de Lima.

À chegada de Rio, em estilo desportivo e de óculos de sol, até houve alguns foguetes, mas o presidente do PSD recusou que sejam festejos antecipados antes da ‘festa’ das eleições autárquicas de dia 26.

“Não, não, não, isto é o início da terceira guerra mundial que vai começar aqui em Ponte de Lima”, respondeu, em tom bem-disposto, à provocação jornalística.

No dia em que a caravana social-democrata chegou ao Minho, surgiram também os bombos, o vira e o vinho verde: a caravana social-democrata começou em Viana do Castelo, com um breve passeio por uma rua do centro da cidade, numa ação curta, mas ruidosa.

Depois, já a comunicação social se encaminhava para Arga de Baixo, uma freguesia de Caminha, quando o ponto de encontro foi mudado para o centro da cidade, onde o presidente do PSD apenas fez declarações à comunicação social.

Para não desiludir quem o esperava, Rui Rio ainda passou em Arga de Baixo e chegou 45 minutos atrasado ao ponto seguinte, uma quinta no concelho de Ponte da Barca, onde ainda deu uma ajuda nas vindimas, viu dançar o vira e provou uma malga de vinho verde.

Questionado pelos jornalistas porque quase só tem apostado em contactos de rua ao longo de toda a campanha oficial, Rio defendeu que “particularmente em eleições autárquicas o que é importante é um contacto mais direto com a população”.

“Relativamente aos jantares-comício, uma coisa que sabem que eu não gosto, a pandemia não permite. Comício faço um ou outro, mas isso é falar para os próprios, e nós se queremos conquistar votos temos de falar e andar próximos dos cidadãos normais e não dos que andam a fazer campanha connosco”, justificam.

A agenda do PSD na campanha oficial tem sido habitualmente composta por três ou quatro ações de rua, concentradas em poucas horas, sem iniciativas à noite, até para aproveitar as horas em que o comércio está aberto e as pessoas circulam nas ruas.

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