Os jogadores da seleção portuguesa de futsal viajam para a Eslovénia com a expectativa de alcançarem uma medalha no Euro2018, embora admitam que Portugal "tem uma palavra a dizer" na luta pelo título europeu.
Em declarações à agência Lusa, João Matos, um dos jogadores mais experientes (mais de 120 internacionalizações) do conjunto orientado por Jorge Braz, afirmou que os desempenhos nas últimas competições internacionais permitem que Portugal tenha "expectativas elevadas".
"O nosso dever é passar o grupo em primeiro lugar. O nosso patamar é atingir as medalhas, é o nosso desejo. Queremos atingir o primeiro lugar, mas temos de estar conscientes daquilo que vamos apanhar e do que somos. Temos valor perante outras seleções das quais se diz serem superiores a Portugal e temos uma palavra a dizer", referiu.
O "acumular de experiência" aliado a "um maior conhecimento" entre todos os jogadores é uma mais-valia da equipa das 'quinas, que, segundo o jogador do Sporting, tem de assumir a responsabilidade nos momentos-chave.
"Costumo dizer aos meus colegas que é não errar e defender com tudo. Temos irreverência que nos permite marcar golos, temos argumentos para marcar a qualquer equipa. Em momentos chave temos de ter essa concentração e experiência que as outras seleções têm tido contra nós", analisou.
Apesar da concorrência de Roménia e Ucrânia no grupo C, João Matos acredita que estas "são seleções completamente ao alcance de Portugal", mas lembrou que "nada disso serve" se os jogadores lusos não trabalharem "durante os 40 minutos de cada jogo".
De regresso a uma grande competição com a seleção está o guarda-redes do Sporting de Braga Vítor Hugo, que transmitiu à Lusa o "sentimento de alívio" após ter estado mais de um ano afastado das quadras, devido a uma grave lesão no tendão de aquiles, e que vai disputar a baliza lusa com Bebé e André Sousa.
"Como o 'mister' disse, somos três guarda-redes muito competentes e cada um acrescenta algo à seleção. O titular não sou eu, o André ou o Bebé. Independentemente de quem jogar, a baliza vai estar bem entregue", frisou.
Ainda que não coloque Portugal entre o lote de favoritos a vencer a competição, o guardião acredita que a seleção é candidata "a conquistar alguma coisa". De resto, revelou mesmo que tem "um 'feeling'" para o que aí vem.
"Vamos com o claro intuito de chegar lá e trazer algo do Europeu, trazer uma medalha. Já a cor dessa medalha, vamos ver qual será. Tenho um feeling de que este vai ser o nosso Europeu. Temos um leque de jogadores muito experientes, com muita qualidade e acho que este vai ser o nosso ano", rematou.
Por seu lado, o estreante Tunha disse estar "orgulhoso" por poder "finalmente representar a seleção numa competição grandiosa como é um Europeu" e assegurou que a ausência de Cardinal, por lesão, não lhe trouxe qualquer motivação extra.
"Eu até acho que somos compatíveis, apesar de as pessoas dizerem que vai um ou vai outro. Sinto uma responsabilidade muito grande, porque o Cardinal é uma referência, mas não vim cá para substituí-lo. Vim fazer o meu trabalho e ganhar o meu espaço", salientou à Lusa o atleta do Belenenses, antes de manifestar "uma enorme vontade de triunfar" com a seleção.
O Euro2018, que se disputa na Eslovénia, arranca na terça-feira e termina no dia 10 de fevereiro, sendo que todos os jogos terão lugar na Arena Stozice, em Ljubljana.
Portugal estreia-se na quarta-feira, diante da Roménia, às 17:00 (hora portuguesa), e no domingo defronta a Ucrânia, à mesma hora.
Os dois primeiros classificados de cada um dos quatro grupos apuram-se para os quartos de final da competição.
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