O selecionador Tamás Frank e a jogadora Csilla Krascsenics manifestaram hoje a vontade da Hungria em “dificultar a vida e fazer suar” Portugal na sexta-feira, nas meias-finais do campeonato da Europa de futsal feminino.
“Somos uma equipa pequena no mapa do futsal europeu. As jogadoras são amadoras e conciliam as suas profissões com o futsal. Foi muito difícil fazer uma preparação normal, porque elas tiveram de tirar férias anuais para estar aqui e em estágio. Foi difícil, mas vamos tentar fazer Portugal suar e dificultar-lhe a vida. O adversário é favorito, mas veremos o que acontece no jogo”, perspetivou o técnico, em conferência de imprensa.
Depois de dois adiamentos, a segunda edição da prova vai decorrer entre sexta-feira e domingo no Pavilhão Multiusos de Gondomar, com o ‘vice’ Portugal a encarar a Hungria às 21:30, quatro horas e meia depois de a campeã Espanha cruzar-se com a Ucrânia.
O jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares e a final decorrem dois dias depois, às 14:30 e 18:00, respetivamente, volvidos mais de três anos sobre o triunfo da ‘roja’ diante das lusas (0-4), também em Gondomar, no epílogo da primeira versão do torneio bienal.
A estreante Hungria é a única novidade no lote de finalistas, depois de ter sido segunda colocada no Grupo 1 da fase de qualificação, com seis pontos, a três da Rússia, que foi excluída das provas da UEFA, devido à ofensiva na Ucrânia, e rendida pelas magiares.
“Há dois meses não sabíamos que íamos participar [na fase final]. Organizámo-nos de repente e fizemos bons jogos de preparação na Croácia, que foram muito importantes, porque o ritmo de jogo na Hungria não se compara com os duelos internacionais. Essa semana foi bastante boa para melhorar em todos os aspetos e espero que, após alguns dias de descanso, estejamos aptos para mostrar essa evolução”, agregou Tamás Frank.
Pelo mesmo discurso alinhou a ‘capitã’ Csilla Krascsenics, ciente das diferenças entre a sexta e a segunda colocadas do ‘ranking’ da UEFA, visível num histórico de resultados negativo da Hungria diante de Portugal, com três derrotas e um saldo de 0-20 em golos.
“É uma grande honra estarmos aqui. Tentámos preparar-nos o máximo que pudemos e trabalhámos duro. Sabemos que Portugal é uma das melhores equipas do mundo e o nosso objetivo é fazer-lhe a vida difícil. Não queremos desistir antes do pontapé de saída e esperamos que o nosso trabalho seja suficiente para fazer um bom jogo”, afiançou a universal do DEAC, de 24 anos, que é uma das mais novas às ordens de Tamás Frank.
Os ingressos para a segunda meia-final estão esgotados e abrem perspetivas de casa cheia no Pavilhão Multiusos de Gondomar, que também acolheu a fase final do Europeu de futsal masculino em 2007 e deverá ter uma assistência superior a 2.500 espetadores.
“Nunca ninguém da nossa equipa jogou à frente de 3.000 pessoas. Pode ser uma ligeira desvantagem amanhã [sexta-feira], mas também vai ser uma enorme motivação, porque queremos mostrar a muitas pessoas aquilo que podemos fazer. Se jogarmos bem, todos poderão perceber o trabalho que colocámos na preparação”, concluiu Csilla Krascsenics.
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