O controlo emocional, a eficácia e os detalhes são os pontos-chave para conquistar a vitória na Supertaça feminina de futsal, segundo os treinadores de Benfica e Nun’Álvares, que entram na quadra na manhã de domingo, em Matosinhos.
As ‘águias’, atuais campeãs nacionais, vão à procura de conquistar a competição pela sétima vez, enquanto o Nun’Álvares, vencedor da Taça de Portugal e Taça da Liga na época passada, vai à luta para levar o troféu para Fafe pela primeira vez.
“Este ano estamos na mesma linha do ano passado, queremos lutar sempre pela vitória. Estamos nesta competição por direito próprio, estamos preparados para competir e viemos para lutar pela vitória”, indicou o técnico Pedro Nobre.
Apesar das diferenças entre as duas formações, nomeadamente na profundidade de plantel, o treinador de 47 anos recordou as duas conquistas na temporada passada, ambas contra o Benfica, e vincou que estas são as duas atuais melhores equipas do futsal nacional.
“Apesar de termos menos profundidade, num jogo de 'mata-mata' a diferença é menor do que nas finais do campeonato. O que pode fazer a diferença é o controlo emocional, temos um leque de jogadoras experientes. As atletas sabem que têm que dar tudo, porque não sabemos quando voltamos a disputar um título destes”, apontou.
A nível estratégico, disse não esperar grandes surpresas, por se tratar de duas equipas que se conhecem bem, apontando a “gestão emocional e fator sorte” como elementos determinantes no jogo entre “duas grandes equipas, com atletas de nível mundial”.
Por seu lado, Luís Estrela admitiu que o Benfica precisa de estar a um nível excelente para conseguir conquistar a Supertaça e quer inverter o que aconteceu na temporada passada, quando a equipa “não foi competente em determinados detalhes” nos dois troféus perdidos para a formação de Fafe.
“O Nun’Álvares tem pontos identificados e muito bem trabalhados: a consistência emocional e a experiência das atletas, o ataque organizado, as transições, oscilam em zonas de pressão… O desporto é isto, duas equipas tentarem superiorizar-se em várias dimensões. Não há dúvida que a equipa que estiver mais forte nos detalhes e momentos de eficácia [vai ganhar]”, analisou.
O treinador de 43 anos quer as suas jogadoras “pressionantes, dominantes, organizadas e a perceber os momentos do jogo”, assumindo que quer ganhar desde o pontapé de saída, agressivas com e sem bola naquele que é um duelo com “vários micro jogos” e que vai ser decidido pela eficácia.
Luís Estrela abordou ainda o regresso das internacionais portuguesas Fifó e Janice Silva às ‘águias’, qualificando-as como “duas atletas de nível excecional, mas cuja integração se assenta no coletivo”, sendo essa a base da força da equipa.
“As atletas têm grande qualidade, mas acima de tudo está o processo coletivo. Têm-se integrado bem e só assim é que faz sentido a equipa comportar-se, ninguém é mais importante que o coletivo e a nossa força [no domingo] tem que ser na base da equipa, sabendo que além dessas [duas] temos também um conjunto de atletas há muitos anos no Benfica com dinâmica de vitória. A minha principal preocupação é formar um coletivo muito forte, se a esse nível estivermos como pretendemos, as coisas irão correr bem”, sublinhou.
Na parte da tarde, é a vez da final masculina entre o bicampeão nacional e vencedor da Taça de Portugal, Sporting, e o Benfica, finalista derrotado.
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