O belga Wout van Aert assinalou hoje o regresso à competição com uma vitória na primeira etapa do Critério do Dauphiné, com o ciclista da Jumbo-Visma a vestir também a primeira amarela desta edição da prova francesa.
O ‘colosso’ belga venceu confortavelmente o ‘sprint’ no final dos 191,8 quilómetros entre La Voulte-sur-Rhône e Beauchastel, relegando o britânico Ethan Hayter (INEOS) para a segunda posição e o norte-americano Sean Quinn (EF Education-EasyPost) para a terceira, com o trio a encabeçar o pelotão, que cortou a meta com o tempo de 4:37.31 horas.
Afastado da competição desde que subiu ao pódio da Liège-Bastogne-Liège – foi terceiro na ‘Doyenne’, em 24 de abril, uma semana depois de ter sido ‘vice’ no Paris-Roubaix, no regresso à estrada depois de ter tido covid-19 -, Van Aert voltou a impor o seu domínio, negando o triunfo a uma INEOS que foi decisiva no decurso da tirada.
A formação britânica demonstrou hoje ao que veio: eliminou ‘sprinters’ da discussão da etapa, impediu o sucesso dos fugitivos Pierre Rolland (B&B Hotels-KTM) ou Mikkel Honoré (Quick-Step Alpha Vinyl), provocou cortes no grupo, com o trabalho do extraordinário Michal Kwiatkowski, reduziu o pelotão e levou a corrida controlada até onde quis - mais concretamente até se desentender com a Jumbo-Visma, pela falta de colaboração dos homens de amarelo.
A apresentação da candidatura da INEOS - seja através de Hayter ou de Tao Geoghegan Hart -, para prolongar o seu reinado no Dauphiné (ganhou sete das últimas 11 edições), não teve, no entanto, reflexos práticos, já que as pretensões dos britânicos ‘esbarraram’ na classe do campeão belga.
Assim, Van Aert, que somou o quarto triunfo numa época em que venceu duas das mais importantes ‘clássicas’ do calendário mas também a classificação por pontos no Paris-Nice, é o primeiro líder da geral da importante prova francesa, principal ‘barómetro’ do estado de forma dos corredores que vão estar na Volta a França.
"Há várias etapas que podem adequar-se às minhas características [nesta edição]. Vou dar o meu melhor para manter esta camisola o máximo de tempo possível", disse o primeira amarela da 74.ª edição da corrida francesa, em que já venceu quatro etapas.
Graças às bonificações, ciclista da Jumbo-Visma tem quatro segundos de vantagem sobre Hayter e seis sobre Quinn, colega de equipa do português Ruben Guerreiro, que hoje foi 42.º na etapa, com o mesmo tempo de Van Aert, e ocupa a 45.ª posição na geral, a 10 segundos do belga.
Já Ivo Oliveira (UAE Emirates), o outro português em prova, perdeu 4.41 minutos para o vencedor, sendo 136.º na geral, a 4.51.
Na segunda-feira, a segunda etapa do Critério do Dauphiné vai ligar Saint-Péray e Brives-Charensac, no total de 169,8 quilómetros.
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