A W52 vai deixar o ciclismo profissional e apostar na formação de jovens atletas. O novo projeto voltará a contar com o FC Porto, com adiantou o empresário Adriano Quintanilha ao jornal 'Record'.

"Queremos um ciclismo limpo e começar com jovens e educá-los desde o princípio. Foi assim que o meu pai me ensinou. Quero ser um mentor, ter uma escola de ciclismo", disse o líder da W52.

Apesar de o FC Porto ter anunciado em finais de julho o fim da parceria com a W52, Quintanilha garante que os Dragões vão continuar ao seu lado neste novo projeto, virado para a formação de ciclistas.

"A W52 está sempre com o FC Porto e o FC Porto está sempre com a W52. Somos dois patrocinadores e a parceria vai continuar. Neste momento o presidente Pinto da Costa está muito dececionado com o que se passou, passou um mau bocado. Neste momento não estamos virados para o ciclismo profissional", adiantou.

Adriano Quintanilha, líder da W52, diz não saber o que o futuro reserva aos restantes ciclistas da equipa que não foram afastados devido a doping. O empresário garante que continua a pagar salários José Neves, Amaro Antunes e o Jorge Magalhães, que não foram suspensos, e ainda a e sete pessoas do staff mas que não sabe o que irá acontecer no futuro.

No final de abril, 10 corredores da W52-FC Porto foram constituídos arguidos e o diretor desportivo da equipa, Nuno Ribeiro, foi mesmo detido, assim como o seu adjunto, José Rodrigues, no decurso da operação ‘Prova Limpa’, a cargo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto.

“A operação policial, envolvendo um total de cerca de 120 elementos provenientes da Diretoria do Norte e ainda das Diretorias do Centro e do Sul, da Unidade Nacional de Combate à Corrupção e dos Departamentos de Investigação Criminal de Braga, Vila Real e Guarda, contou ainda com a colaboração da ADoP”, detalhou a PJ, em 24 de abril, indicando que durante a mesma “foram apreendidas diversas substâncias e instrumentos clínicos, usados no treino dos atletas e com impacto no seu rendimento desportivo".

A União Ciclista Internacional (UCI) retirou, na semana passada, a licença desportiva à W52-FC Porto, depois de oito dos seus ciclistas, além de dois elementos do ‘staff’ terem sido suspensos preventivamente pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP).