O português José Gonçalves quer provar que merece estar entre os oito selecionados da Katusha-Alpecin na Volta a França, correndo a Volta ao Algarve em bicicleta e várias clássicas até ao verão, disse hoje à agência Lusa.
“Em princípio vou fazer a Volta a França, e a equipa quer apostar em mim. Até lá, tenho de provar que mereço ser um corredor a ter em conta no ‘Tour’ pela minha equipa”, afirmou o corredor, de 30 anos, um de três portugueses do pelotão WorldTour a disputarem a Volta ao Algarve, que decorre até domingo.
Para 2019, José Gonçalves não vê outra hipótese se não “tentar fazer o máximo para que seja um bom ano”, com o ‘Tour’ na mira como objetivo principal, confirmando que os resultados podem fazer a diferença.
“Tenho de dar o meu melhor. (...) Até lá [à Volta a França, em julho], tenho de fazer algo para poder ter a confiança da equipa”, atira o corredor, que vai para o terceiro ano no escalão WorldTour.
No calendário para os próximos meses estão provas como a clássica Milan-Sanremo e a Volta ao País Basco, em que tem de estar “no máximo” para dar boas indicações à equipa suíça, dirigida pelo português José Azevedo.
Em 2018, a rota das clássicas foi azarada para o luso, que desistiu de cinco corridas belgas seguidas, a E3 Harelbeke, a Gent-Wevelgem, a Através da Flandres e a Volta a Flandres.
Correu a Volta a Romandia na antecâmara da Volta a Itália, em que conseguiu cinco ‘top 10’ em etapas e acabou no 14.º posto, um resultado que deixa boas indicações para as aspirações em 2019, ao contrário do sucedido na Volta a Espanha, que abandonou ao 13.º dia.
Na Volta ao Algarve, a queda do primeiro dia deixou marcas no corredor luso, que foi assistido após a segunda etapa, no Alto da Foia, pelo que o objetivo passa agora por apoiar o líder de equipa, o esloveno Simon Spilak.
“Estou um pouco combalido, com muitas dores nas costas. Agora, tenho de ajudar a minha equipa, tentar fazer o máximo em prol da Katusha-Alpecin”, atira o ciclista, a correr a ‘Algarvia’ pelo terceiro ano seguido, depois do 51.º lugar em 2017 e 57.º em 2018.
Depois de dois dias complicados, Gonçalves, campeão português de contrarrelógio em 2012, mostrou-se em bom plano na especialidade, na terceira etapa, em que foi o melhor português, fechando no 14.º posto, seguindo agora 53.º lugar da geral.
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