“Uma ressonância magnética realizada no Hospital de Clermont-Ferrand mostrou que o corredor não sofria de nenhuma lesão grave, mas confirmou os sinais de comoção cerebral diagnosticados na sexta-feira, que requerem várias semanas de repouso”, precisou hoje o médico da equipa francesa, Eric Bouvat.

Horas antes, Romain Bardet recorreu ao Instagram para explicar aos seus seguidores que “as dores de cabeça e as náuseas” não o abandonaram desde a conclusão da 13.ª etapa, indicando que a ressonância detetou “uma pequena hemorragia na sequência da comoção”.

O francês caiu numa descida, a cerca de 100 quilómetros da meta, e ficou atordoado no chão, tendo todos os seus companheiros da AG2R La Mondiale aguardado pelo seu líder, reintegrando-o no pelotão pouco depois, ainda antes da grande dificuldade da jornada, a subida a Puy Mary, onde estava instalada uma contagem de montanha de primeira categoria coincidente com a meta.

Bardet, que era a maior esperança nacional para vencer esta Volta a França, acabou a 13.ª etapa a mais de 02.30 minutos do camisola amarela, o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), falou com os jornalistas e só quando já estava no carro rumo ao hotel é que começou a evidenciar sinais alarmantes.

“No carro, quando descíamos na direção de Clermont, ele pediu para pararmos e vomitou. Já tínhamos prevista uma radiografia e dirigimo-nos diretamente ao hospital. Ele não estava bem, estava mais lento do que o habitual”, contou hoje o patrão da AGR2 La Mondiale, Vincent Lavenu.´

Segundo classificado do Tour em 2016 e terceiro no ano seguinte, o ciclista de 29 anos era quarto classificado à partida para a etapa de sexta-feira, mas caiu para a 11.ª posição da geral, a precisamente três minutos do camisola amarela, antes de ser forçado a desistir.

Este é apenas o quinto abandono na carreira de Bardet, em 680 dias de competição desde o início da sua carreira, em 2012.

Outro dos ciclistas envolvidos mesma queda, o holandês Bauke Mollema (Trek-Segafredo), que abandonou a tirada de imediato com uma “fratura complexa no pulso esquerdo”, vai falhar o resto da temporada, confirmou hoje a sua equipa.

“Não esperamos que ele participe em qualquer corrida até ao final da época”, anunciou a Trek-Segafredo, avançando que Mollema deverá cumprir seis semanas de convalescença.

O holandês, que tem como melhor resultado no Tour o sexto lugar de 2013, era um dos líderes da Trek-Segafredo na 107.ª edição da ‘Grande Boucle’, figurando no 13.º lugar da geral, a 02.31 minutos do camisola amarela, o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), quando foi forçado a abandonar.