Jonas Vingegaard e Wout van Aert lamentaram hoje o azar da Jumbo-Visma, reduzida a seis ciclistas, com o camisola amarela a esclarecer que ficou apenas com “algumas feridas” após ter caído na 15.ª etapa da Volta a França.
“Estou bem. […] Tenho algumas feridas no lado esquerdo. Caí, mas consegui levantar-me de imediato. Tenho dores, mas é normal depois de uma queda”, comentou o dinamarquês da Jumbo-Visma.
O camisola amarela reconheceu que a equipa neerlandesa teve um dia péssimo, não só pelo seu azar, ‘provocado’ pelo companheiro Tiesj Benoot, mas também pela perda de Primoz Roglic, que abandonou a ‘Grande Boucle’ para recuperar das lesões provocadas por uma queda na quinta etapa, e de Steven Kruijswijk, que caiu a 63 quilómetros da meta e foi transportado ao hospital.
“Perdemos dois colegas importantes, dois grandes ciclistas. Não é algo que me agrade. Sem dúvida, será uma dificuldade adicional, mas vamos lutar durante toda a corrida até a Paris”, assegurou Vingegaard.
Também Wout van Aert assumiu que “perder dois companheiros no mesmo dia vai obrigar a equipa a mudar a sua Volta a França”.
“Se calhar, não vamos alterar a nossa estratégia, mas isto vai-nos afetar. Tivemos muito azar hoje. Tínhamos uma equipa forte e ela manter-se-á forte”, garantiu o camisola verde.
O belga, que chegou a andar em fuga no início da 15.ª etapa antes de ser mandado parar pela sua equipa, assistiu à queda de Kruijswijk, explicando que alguém travou no pelotão e que o terceiro classificado do Tour2019 não conseguiu reagir a tempo.
“É uma queda estúpida. Vi rapidamente que ele se tinha magoado. Esperei um pouco para tentar levá-lo de volta para o pelotão”, contou.
Com as baixas de Kruijswijk e Roglic, ‘vice’ do Tour2020, as forças ficam igualadas entre a equipa neerlandesa e a UAE Emirates de Tadej Pogacar, que desde há cinco dias está reduzida a seis elementos devido aos casos de covid-19 do neozelandês George Bennett e do norueguês Vegard Stake Laengen.
“Nós perdemos dois homens importantes e agora eles também perderam. Há ‘jogo’. Estamos empatados no número de corredores, creio que aquilo que ainda falta [de Tour] vai ser muito interessante”, prognosticou o jovem esloveno.
O bicampeão em título, que ocupa a segunda posição da geral a 02.22 minutos de Vingegaard, abordou ainda a queda do camisola amarela, reconhecendo não saber se o dinamarquês se tinha magoado.
“Cair nunca é bom, mas vi-o pedalar e disse-me que está bem. Agora, tem um dia de descanso, estará no máximo depois da amanhã [terça-feira]”, disse ‘Pogi’.
O pelotão regressa à estrada, na terça-feira, para o primeiro de três dias nos Pirenéus. A 16.ª etapa, uma ligação de 178,5 quilómetros entre Carcassonne e Foix, não tem chegada em alto, mas sim duas contagens de primeira categoria, a última das quais a menos de 30 quilómetros da meta.
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