Os ciclistas Rui Costa, campeão mundial de fundo em 2013, e Nélson Oliveira, quarto classificado no contrarrelógio em 2017, estão entre os 12 portugueses nos mundiais de estrada, de 24 a 30 de setembro na Áustria.
Aos corredores com melhores resultados na história do ciclismo português de elite nos mundiais de estrada juntam-se em Innsbruck Tiago Machado e Rúben Guerreiro.
De acordo com a federação, este “é um bloco experiente e coeso, formado por corredores acostumados a corridas duras e extensas, como será o caso do Mundial austríaco, com 265 quilómetros”.
A equipa de contrarrelógio de 52,5 quilómetros, em 26 de setembro, contará com o reforço do bicampeão nacional da especialidade, Domingos Gonçalves.
“Confiamos em todos os corredores convocados e vamos trabalhar para, em corrida, termos possibilidade de estar na discussão de todas as provas. Acredito que será um bom Campeonato do Mundo para Portugal”, afirmou o selecionador nacional, José Poeira.
O técnico destaca a dureza destes mundiais: “O percurso é exigente em todas as provas em linha e no contrarrelógio de elite. São distâncias muito longas em traçados de grande exigência, dos mais difíceis dos últimos anos…”.
A competição de fundo no escalão sub-23 será em 28 de setembro e decorre ao longo de 186,2 quilómetros: André Carvalho, Gonçalo Carvalho, João Almeida e Tiago Antunes vão representar o país.
Também em sub-23 há um corredor que participa no contrarrelógio e não na prova de fundo, cujas características não lhe são favoráveis, nomeadamente Ivo Oliveira, que divide as atenções nacionais no exercício individual com João Almeida.
Foram ainda chamados os juniores Afonso Silva e Guilherme Mota para o contrarrelógio do dia 25 e a prova de fundo de 27.
De acordo com as contas da União Ciclista Internacional, a prova de fundo para elite será a décima com maior acumulado de subida na história do Campeonato do Mundo.
É preciso recuar 22 anos, até 1996, em Lugano, para encontrar uma corrida com maior grau de dureza montanhosa: o acumulado na Suíça foi de 5.145 metros e em Innsbruck será de 4.670 metros.
As restantes provas de fundo também apresentam grandes dificuldades, a de juniores com um acumulado de 1.916 metros, distribuído por 138,4 quilómetros, e a de sub-23 com 2.910 metros repartidos por 186,2 quilómetros.
Os contrarrelógios de sub-23 e de juniores terão 28,5 quilómetros, sendo essencialmente a rolar, apesar de incorporarem alguns falsos planos e rampas desafiantes.
O exercício individual de elite terá 52,5 quilómetros, que ficarão marcados pela subida de Gnadenwald – 4,9 quilómetros com inclinação média de 7,1 por cento e rampas que chegam aos 14 por cento -, uma dificuldade colocada a 22 quilómetros do final.
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