O ciclista australiano Richie Porte (Sky) confessou hoje estar envergonhado depois de perder quase nove minutos na 13.ª etapa da Volta a França, admitindo que chegou a pensar abandonar devido ao calor.
“Acho que não aguentei as temperaturas elevadas. São coisas que acontecem. Sinto uma vergonha imensa, mas tenho de esperar para ver o que sucede amanhã”, disse o líder da Sky, que, à partida para a 13.ª etapa, era segundo na geral, e agora é 16.º, a 11.11 minutos do italiano Vincenzo Nibali (Astana).
Com o colapso de hoje, o australiano hipotecou as hipóteses da formação britânica de conseguir vencer a Volta a França pela terceira vez consecutiva, depois dos triunfos de Bradley Wiggins (2012), que não foi convocado para esta edição, e Chris Froome (2013), que abandonou no decurso da quinta etapa, devido a uma queda.
Porte pediu desculpa aos companheiros de equipa, mas recordou que aquilo que lhe aconteceu hoje pode acontecer a qualquer um dos seus adversários na geral.
Quem também está a contar com um dia mau do camisola amarela é o espanhol Alejandro Valverde (Movistar), segundo na geral a 03.37 minutos.
“O Nibali é o mais forte e está intratável. Estou contente com a etapa e, ainda que o Nibali esteja muito forte, falta muito Tour e tenho de continuar a tentar”, assumiu o espanhol de 34 anos, que se congratulou por ter afastado Porte da luta pelo pódio.
Valverde não evitou ser alvo de críticas por parte de Thibaut Pinot (FDJ), o francês que fez a subida ao seu lado, na perseguição ao vencedor da etapa, Nibali.
“Infelizmente, não nos entendemos bem. Não compreendo o Valverde, ficou na minha roda, disse-me que ia sem forças e, depois, no final, atacou-me. A sua tática era ganhar tempo, aproveitando-se do meu trabalho”, criticou o quinto da geral.
O espanhol foi o primeiro a atacar Nibali, mas recusou-se a trabalhar na perseguição, quando o italiano da Astana acelerou para o alto de Chamrousse.
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