Travis Tygart, presidente da Agência Antidopagem dos Estados Unidos (USADA) considerou hoje ser «prematuro» falar da revisão da suspensão aplicada ao ex-ciclista Lance Armstrong.
Em Joanesburgo, à margem da Conferência Mundial sobre Dopagem, o dirigente norte-americano disse à AFP que «tecnicamente, existe a possibilidade de beneficiar de uma redução», mas que isso não está sobre a mesa.
O antigo ciclista já deu a entender que estará disposto a colaborar com as instâncias antidopagem, na condição de beneficiar do mesmo tratamento dado a outros que confessaram e foram branqueados - Armstrong foi suspenso para sempre e foi desapossado dos seus títulos, nomeadamente as sete vitórias no Tour.
De qualquer forma, Tygart considera que uma cooperação tardia nunca poderá ter o mesmo efeito que aquela que é prestada antes da sanção.
«O valor fica diminuído de forma significativa, havia uma ocasião que não foi aproveitada», disse Tygart, sublinhando que Armstrong «foi o único atleta que se recusou» a falar na USADA quando esta convocou vários ciclistas, em 2012.
Na terça-feira, o australiano John Fahey, presidente da Agência Mundial Antidopagem (AMA), considerou o caso como «fechado» e que «seria necessário um milagre para se voltar atrás».
Quanto à União Ciclista Internacional (UCI), pretende avançar em 2015 com uma comissão para a verdade e reconciliação, em que gostaria de ver Armstrong.
No entanto, qualquer revisão da suspensão de Armstrong terá de vir da USADA, sustenta Brian Cookson, presidente da UCI.
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