O ciclista português Nelson Oliveira começa no sábado a sua 19.ª grande Volta, com o objetivo habitual, o de levar o líder da Movistar, o espanhol Enric Mas, até onde conseguir na 78.ª Vuelta.

"Vou tentar ajudar a equipa no melhor que seja possível, levar o líder até onde puder. Neste caso este ano temos um 'crono' por equipas, onde certamente serei uma mais-valia para ajudar a equipa nesse ponto. Depois resta-nos ajudar o líder a chegar a Madrid na melhor posição possível", referiu.

Em declarações à agência Lusa, o ciclista de Vilarinho do Bairro (Anadia) diz que esta é "mais uma grande Volta" no seu palmarés, mas, 12 anos depois da estreia, igualmente numa Volta a Espanha, garante que continua a encará-las "da mesma forma".

"Acho que estou numa boa condição física também depois do Tour e dos Mundiais e como em todas as outras grandes Voltas vou dar o meu melhor para que corra tudo bem e que faça aquilo que a equipa pretende, é esse o objetivo", assumiu.

Mesmo com a desistência do espanhol Enric Mas na primeira etapa, devido a uma queda, Nelson Oliveira considera que a Volta a França "não foi uma desilusão, foi uma corrida menos boa", salientando que foi importante terminar, como tinha feito nas suas anteriores 17 grandes Voltas.

"Esta Vuelta esperemos que seja diferente e acho que vai ser diferente, corremos em casa e é sempre a corrida da nossa equipa, a Movistar, e esperemos que comece bem. Acho que vai ser uma Vuelta bastante competitiva, basta olhar para os adversários que temos, mas acho que temos uma excelente equipa e esperemos que as coisas corram bem para o nosso lado", referiu.

Para o experiente ciclista português, de 34 anos, esta "vai ser uma corrida bastante aberta", "bastante competitiva e para quem estiver em casa certamente vai haver espetáculo".

Sobre os possíveis adversários, Nelson Oliveira salienta a Jumbo-Visma, equipa que vai tentar "ganhar as três grandes" no mesmo ano, e "os jovens, que já ganharam no ano passado também", referindo-se ao belga Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step).

"Vamos ver como é que o nosso líder, que neste caso vai ser o Enric Mas, que fez segundo no ano passado, estará depois da queda do Tour, que não voltou a correr. Vai ser um bocadinho uma incógnita, mas acho que nos primeiros dias já se verá como é que está a forma", referiu.

No pelotão da Vuelta vai falar-se bastante português, pois serão seis os ciclistas lusos no pelotão, com Nelson Oliveira a ter a companhia de André Carvalho (Cofidis), João Almeida e Rui Oliveira (UAE Emirates), Ruben Guerreiro (Movistar) e Rui Costa (Intermarché-Circus-Wanty).

"Poder falar um bocadinho português todos os dias, acho que vai ser bom, acho que vai nos ajudar também a passar o dia a dia também um bocadinho melhor. Não é que passemos mal dentro das nossas próprias equipas, mas acho que vai ser bom e mais oportunidades também vamos ter para um dos portugueses tentar levar uma vitória da etapa para o nosso país", afirmou.