O ciclista português Nelson Oliveira considerou que obteve uma boa prestação no Mundial de contrarrelógio, disputado em Zurique, na Suíça, onde belga Remco Evenepoel revalidou o título de campeão, superando os italianos Filippo Ganna e Eduardo Affini.

“Fiz um contrarrelógio regular. Tentei gerir bem durante todo o percurso, mas os adversários foram mais rápidos. Provavelmente, não recuperei a 100% da Vuelta. Mas o que determinou o resultado em favor dos corredores mais possantes foi o percurso. A subida não fez tantas diferenças como esperava, mas acho que fiz um bom contrarrelógio, apesar do resultado”, começou por dizer Nelson Oliveira, que foi 15.º classificado, citado pela Federação Portuguesa de Ciclismo.

Nelson Oliveira foi o melhor dos portugueses na competição contra o relógio, ao terminar no 15.º posto, a 2.35 minutos do vencedor, enquanto João Almeida foi 24.º, já a 3.19 minutos.

“Fiz uma boa gestão do esforço. Nas subidas andei bem. Deixei tudo na estrada e cheguei à meta completamente exausto. Portanto, acho que não poderia ter feito muito melhor. Ainda temos uma semana, durante a qual vou fazer uns bons treinos, para manter a forma e preparar a prova de fundo que será bastante longa e dura”, expressou João Almeida.

Por sua vez, o selecionador nacional, José Poeira, deixou elogios aos ciclistas e explicou o que fez a diferença.

“O Nelson fez um contrarrelógio como é seu costume, controlado, com boas trajetórias. Fez a subida muito rápido. Só que a parte plana, antes da subida, e os últimos dez quilómetros, totalmente planos, desequilibraram a favor dos roladores e não permitindo aos nossos ciclistas um resultado melhor”, analisou.

Evenepoel completou os 46,1 quilómetros do exercício contra o relógio, com início e fim em Zurique, com o tempo de 53.01 minutos, menos seis segundos do que Ganna, que voltou a ser segundo tal como no ano anterior, e menos 54 do que Affini.

Evenepoel, de 24 anos, junta assim o título mundial de contrarrelógio, que já tinha vencido em 2023, às duas medalhas de ouro que conquistou nos Jogos Olímpicos Paris2024, no contrarrelógio e prova de fundo, num ano em que terminou a Volta à França no terceiro lugar.

O belga tornou-se no primeiro ciclista da história a conquistar os títulos olímpico e mundial de contrarrelógio no mesmo ano, um feito também alcançado algumas horas antes pela australiana Grace Brown na prova feminina.

Brown, que anunciou que se vai retirar no fim da época aos 32 anos, completou os 29,9 quilómetros da prova feminina, entre Gossau e Zurique, em 39.16 minutos, impondo-se à neerlandesa Demi Vollering, por 16 segundos, e à norte-americana Chloe Dygert, por 56.