O ciclista José Mendes não esconde a satisfação por estar a representar a seleção nacional no Grande Prémio Internacional Beiras e Serra da Estrela, uma oportunidade que abraçou para ganhar ritmo competitivo para a segunda metade da época.
Depois de um início de temporada atribulado, em que esteve parado várias semanas por doença, José Mendes está agora a amealhar quilómetros, pelo que recebeu com satisfação o convite para integrar a seleção nacional no Grande Prémio Internacional Beiras e Serra da Estrela, que está na estrada até domingo.
“É sempre uma honra poder representar as cores nacionais. Esta prova não fazia parte do meu calendário, mas quando soube da possibilidade fiquei muito contente. Da parte da equipa, houve essa disponibilidade, não interferiu com o calendário que tinham previsto para mim. E, ao ser uma prova em Portugal, tem um significado ainda maior”, reconheceu à agência Lusa.
O ciclista da equipa alemã Bora-Argon 18 viu com bons olhos a possibilidade de aprimorar o seu estado de forma, mas também a de ajudar os jovens das equipas de clube, eleitos para estar entre os oito ‘internacionais’ na prova beirã, a integrarem-se no pelotão profissional.
“Como tive uma época de menos competição, devido a alguns problemas, estou agora a atingir uma fase importante da época e isto são três dias que vão ser benéficos para as seguintes provas”, considerou.
Após ter perdido os seus grandes objetivos na primeira parte da época – a Volta ao Algarve e o Critério Internacional – e de ter treinado afincadamente para regressar ao melhor nível, o corredor de Guimarães assume que agora está a correr um pouco mais relaxado, a tentar ir prova a prova, sem criar grandes objetivos.
“Penso que até agora as coisas estão a correr bem e vou continuar nessa linha. O mais importante é que parece que as coisas agora estão a voltar à normalidade e a época é muito longa, ainda tenho muitos objetivos para conquistar”, defendeu.
O primeiro deles, aquele que ocupa a sua mente e o seu planeamento a curto prazo, é a Volta a Noruega, onde será a aposta da equipa para a geral.
“A partir daí, ainda tenho o calendário muito aberto. Felizmente, a equipa conseguiu o convite para a Volta a França e a Volta a Espanha. Ainda está em aberto qual vou fazer, se o Tour ou a Vuelta, ou as duas”, revelou.
Mendes assume que estar em duas grandes Voltas, e logo em duas que se disputam de forma consecutiva, talvez seja demasiado duro.
“Sem dúvida que era um grande repto fazer as duas e ver como o meu corpo ia reagir. Estou concentrado nesta corrida, quero ver como é o meu momento de forma atual. Depois vou estar disponível para o que a equipa decidir. A Volta a França é a maior prova que eu fiz, mas talvez a Volta a Espanha se encaixe mais no meu perfil. Penso que se me guardar para a Vuelta posso chegar lá e fazer uma boa prestação”, admitiu.
“Mesmo naquela fase de recuperação, eu ter essa convocatória para a ‘long list’ dos Jogos Olímpicos foi uma motivação extra para eu voltar ainda com mais força. Agora cabe-me dar o meu melhor. Se fosse possível estar nos Jogos olímpicos, era um sonho tornado realidade, mas estou a pensar prova a prova e o que tiver de ser será”, concluiu.
Comentários