O FC Porto saiu do ciclismo no final da época passada, confirmou hoje fonte oficial dos ‘dragões’ à agência Lusa, após terminado o contrato que unia o clube à estrutura anteriormente denominada W52-FC Porto.
Fonte portista esclareceu à Lusa que “o FC Porto não tem ciclismo”, uma vez que o contrato com a Associação Calvário Várzea Clube De Ciclismo – o clube na origem da equipa W52-FC Porto - terminou em dezembro.
O fim da parceria entre os ‘dragões’ e a estrutura liderada por Adriano Teixeira de Sousa, conhecido como Adriano Quintanilha, ficou evidente nos últimos dias, com as páginas da equipa a serem apagadas nas redes sociais e esta a surgir como Fonte Nova Felgueiras na Prova de Abertura, que marcou o arranque na época velocipédica no domingo.
O FC Porto regressou ao ciclismo em 2016, mais de 30 anos depois de ter integrado o pelotão, unindo-se à W52 numa parceria que termina agora, após a operação ‘Prova Limpa’ ter exposto a dopagem organizada naquela formação em abril do ano passado.
No âmbito desta operação, o Ministério Público acusou 26 arguidos, incluindo vários ex-ciclistas da W52-FC Porto, o antigo diretor desportivo Nuno Ribeiro e o ‘patrão’ da equipa Adriano Quintanilha de tráfico de substâncias e métodos proibidos.
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), a que a agência Lusa teve acesso, entre os arguidos estão João Rodrigues, Rui Vinhas, Ricardo Mestre, Samuel Caldeira, Daniel Mestre, José Neves, Ricardo Vilela – todos eles já a cumprir suspensões desportivas -, Joni Brandão José Gonçalves e Jorge Magalhães, que são acusados do crime de tráfico de substâncias e métodos proibidos.
Além destes 10 antigos ciclistas da W52-FC Porto, também vão responder pelo mesmo crime Adriano Quintanilha, assim como a Associação Calvário Várzea Clube De Ciclismo, o antigo diretor desportivo Nuno Ribeiro e o seu adjunto, José Rodrigues, aos quais também foi imputado o crime de administração de substância e métodos proibidos.
Também hoje Amaro Antunes, tricampeão da Volta a Portugal pelos ‘dragões' e o único dos ciclistas que não foi constituído arguido pelo MP, foi suspenso provisoriamente pela União Ciclista Internacional por “uso de métodos proibidos e/ou substâncias proibidas”.
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