A equipa de ciclismo profissional russa Gazprom-RusVelo, excluída das competições devido às sanções pela invasão da Ucrânia, suspendeu a sua atividade e procura um novo patrocinador, anunciaram hoje os seus responsáveis.
“Temos duas negociações em curso com possíveis parceiros e, se se concretizarem, poderemos voltar, mas não é fácil, neste momento, encontrar um patrocinador rapidamente”, disse o diretor-desportivo do conjunto, Renat Khamidulin, à AFP.
A equipa do segundo escalão mundial, apoiada pelo grupo russo de produção e distribuição de energia, foi sancionada em 01 de março pela União Ciclista Internacional (UCI), tal como todos os outros conjuntos de origem russa ou bielorrussa, e conta com 23 corredores: 12 russos, seis italianos, dois noruegueses, dois checos e um azeri.
"É uma decisão dolorosa para todos. A UCI quis castigar uma equipa russa, mas acabou por penalizar ciclistas italianos, noruegueses, espanhóis (...) Parece-me que foi uma decisão pouco ponderada. Terá de haver um diálogo com a UCI, seja diretamente ou em tribunal. Não podemos simplesmente parar a nossa atividade e esquecer tudo. São 10 anos de trabalho e muitos danos sofridos", referiu Renat Khamidulin.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.119 civis, incluindo 139 crianças, e feriu 1.790, entre os quais 200 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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