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Gianni Bugno espera que a modalidade consiga olhar para o futuro e não ficar presa ao escândalo do ciclista norte-americano.
O italiano Gianni Bugno, presidente da Associação de Ciclistas Profissionais, considerou que o norte-americano Lance Armstrong, irradiado da modalidade por doping, «tem de pagar pelo que fez».
«Não posso dizer que [Armstrong) seja um campeão, mas respeito-o como desportista. Se fez alguma coisa mal, tem de pagar por isso. Não é nada bom o que fez ao ciclismo», considerou o antigo ciclista, em declarações ao site cyclingnews.com.
Para o campeão mundial de 1991 e 1992, «devia traçar-se uma linha, encerrar o passado e seguir em frente».
Sobre o projeto da União Ciclista Internacional (UCI) em criar uma Comissão de Verdade e Reconciliação, destinada a todos os ciclistas arrependidos que recorreram ao doping, Bugno apoia a iniciativa, mas insistiu que a modalidade tem de apontar ao futuro.
«Não devemos estar concentrados no passado. Concordo com o conceito de reconciliação, mas o mais importante é o futuro da modalidade», sublinhou o ex-ciclista.
Questionado se estaria disposto a fornecer informações sobre a própria carreira e da de outros colegas de pelotão nos anos 90, Bugno repetiu que «é difícil dar respostas sobre o passado».
«O doping é um problema de todos os desportos e não apenas do ciclismo. Concordo com a ideia de falar a verdade, mas tem de se deixar de falar do passado e apontar ao futuro. Estar sempre a falar de doping não é positivo», insistiu.
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