O prémio de Melhor Defensor da NBA parecia ter um dono antecipado: Victor Wembanyama. O jovem fenómeno dos San Antonio Spurs impressionou desde o início da temporada com a sua capacidade de influenciar o jogo no meio-campo defensivo.

Contudo, uma trombose no ombro direito forçou-o a terminar a época antes do previsto, deixando-o aquém dos 65 jogos exigidos para ser elegível.

Com o francês fora da corrida, Evan Mobley emergiu como o nome mais forte para o troféu. O poste dos Cleveland Cavaliers teve uma época sólida, afirmando-se como o pilar da defesa de uma das equipas mais consistentes da Conferência Este. A sua versatilidade — protegendo o cesto e acompanhando jogadores mais rápidos no perímetro — tornou-o uma ameaça em várias frentes.

Mobley superou na votação final Dyson Daniels e Draymond Green, dois nomes que também deixaram marca defensivamente. Daniels, que se transferiu dos Pelicans para os Hawks, rapidamente se afirmou em Atlanta, destacando-se como um dos melhores defensores exteriores da competição.

Já Draymond Green recorreu até ao seu podcast para reforçar a candidatura ao prémio que já conquistou em 2016/2017. No entanto, a irregularidade dos Golden State Warriors ao longo da temporada — apesar da melhoria após a chegada de Jimmy Butler — acabou por pesar negativamente na avaliação do veterano.

O prémio consagra Evan Mobley como uma das novas referências defensivas da NBA, num contexto onde o equilíbrio entre impacto estatístico e influência tática volta a ser valorizado. A distinção promete ser apenas o início de uma longa carreira de excelência defensiva para o jovem dos Cavaliers.