O queniano Evans Chebet revalidou hoje o título de campeão da Maratona de Boston, triunfando na 127.ª edição da histórica corrida de estrada à frente do tanzaniano Gabriel Geay e do também queniano Benson Kipruto, o vencedor de 2021.
A fortíssima lista de inscritos, com vários africanos de topo mundial, incluía o queniano Eliud Kpchoge, recordista mundial, que ficou em sexto, falhando assim a conquista da quarta maratona 'major', depois de Chicago, Londres e Berlim.
Kipchoge, de 38 anos, campeão olímpico em 2016 e 2021, foi largado do grupo da frente depois da passagem do quilómetro 30, quando Geay tentou a sua sorte e deu um esticão forte no então septeto da dianteira.
Para o recordista mundial (2:01.09 em Berlim, em 23 de setembro do ano passado), a estreia 'tardia' na carreira em Boston não deixa boas recordações. Já vencedor de 12 maratonas, fica com esta lacuna no palmarés, além de Nova Iorque, que nunca correu.
As condições meteorológicas não eram as ideias, em Boston, com alguma chuva, vento e frio no momento da partida, mas ainda assim Chebet conseguiu 2:05.53 horas, confirmando-se como um dos quenianos que melhores resultados consegue nos Estados Unidos - em 2022, ganhou em Boston e Nova Iorque.
Geay gastou mais 10 segundos e Kipruto mais 12 que o vencedor de hoje.
No setor feminino, ganhou a queniana Helen Obiri, no que foi a segunda maratona completada pela muito experiente atleta em provas de pista e meia maratona.
Obiri, 33 anos e dupla campeã mundial de 5.000 metros, entre outros sucessos, gastou para o percurso 2:21.38 horas, à frente da etíope Amane Beriso e da israelita Lonah Salpeter.
Pela negativa, sobressai a queniana Edna Kiplagat, campeã em Boston em 2017 e 2021 mas hoje distante das primeiras.
Marcel Huig, da Suíça, ganhou pela sexta vez em cadeira de rodas, com um recorde do percurso, enquanto a norte-americana Susannah Scaroni se estreou a ganhar, na mesma prova de desporto adaptado.
Competiram atletas oriundos de 120 países, com um total de 30.000 corredores na estrada, na corrida que assinalou o 10.º aniversário do atentado à bomba que levou à morte de três pessoas, provocando dezenas de feridos.
Pela primeira vez em Boston, a corrida incluiu uma classificação separada para atletas não binários, com 27 inscritos para a partida.
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