Portugal pretende estar presente na estreia do breaking nos Jogos Olímpicos Paris2024, assumiu a Federação Portuguesa de Dança Desportiva (FPDD).
“Foi com grande satisfação que recebemos a notícia. Houve uma primeira experiência nos Jogos Olímpicos da Juventude de 2018, em Buenos Aires. Correu bem e agora tivemos a confirmação para 2024, em Paris. O breaking é uma modalidade recente na FPDD, desde 2019, e é com grande satisfação que a comunidade do breaking recebeu esta oportunidade de integrar o programa olímpico”, afirmou o líder federativo, Alberto Rodrigues, em declarações à Lusa.
Apesar de a modalidade ser relativamente recente, como disciplina desportiva, e contar ainda com poucos atletas federados, o dirigente assegurou que Portugal tem “pouco mais de 20 praticantes já com um nível muito bom”.
“O Bruce Almighty foi convidado a participar nos Jogos Mundiais e ficou no ‘top-16’. É um ‘b-boy’ [nome dado aos praticantes masculinos, enquanto os femininos são designados ‘b-girls'] de ‘top’ mundial. Por isso, existe a expectativa de estarmos representados e bem representados nos Jogos Olímpicos Paris2024”, frisou.
Alberto Rodrigues apontou como “primeiro objetivo a qualificação e segundo a melhor classificação possível”, realçando que, “ao contrário de outras modalidades olímpicas, o breaking tem praticantes de alto nível em Portugal”.
“Se conseguirmos ter apoio das entidades oficiais e reunirmos as condições ideais, podemos fazer um bom trabalho e alcançar uma boa participação”, vincou.
Já o responsável pelo departamento de breaking da FPDD, Max Oliveira, recordou os vários títulos mundiais conquistados e a presença entre os 16 primeiros numa das etapas de qualificação da World Dance Sport Federation (WDSF).
“Portugal é um dos sérios candidatos a vencer a qualificação e aceder aos Jogos Olímpicos Paris2024. No máximo conseguiremos estar representados por dois atletas. Neste momento, a nível individual, o único com pontuação suficiente no ‘ranking’ da WDSP é o Bruce Almighty, mas a Vanessa Marina, uma 'b-girl' com grande reconhecimento mundial, apesar de ainda não ter pontuado, tem hipóteses de qualificação”, referiu o também representante dos Momentum Crew, único grupo profissional, sediado no Porto.
Graças à integração no programa olímpico, Max Oliveira defendeu que só dentro de um ano haverá uma real noção do número de atletas de breaking em território nacional, uma vez que, por enquanto, “são muitos mais os praticantes do que os federados, até porque era uma modalidade praticamente inexistente na FPDD até agora”.
O breaking vai integrar o programa olímpico de Paris2024, após decisão do Comité Olímpico Internacional (COI), que confirmou ainda a presença nos Jogos da capital francesa das competições de surf, skateboard e escalada, que já vão ser disputadas em Tóquio2020.
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