Baptiste Aranjo falhou hoje uma porta na segunda manga da final de slalom e não terminou a prova que encerrou os Mundiais de esqui alpino, em Cortina D`Ampezzo, Itália.
"Ele passou com uma porta no meio dos esquis, a meio da segunda manga. Foi uma pena, porque ia fazer um ‘top 30’, seguramente. Foi uma prova dura. Está muito calor, isso desgasta a pista, faz muitos buracos e caiu muita gente num percurso com curvas mais curtas, mais técnico", realçou hoje, em declarações à agência Lusa, o presidente da Federação de Desportos de Inverno de Portugal (FDIP), Pedro Farromba.
O dirigente federativo faz da participação portuguesa nos Campeonatos do Mundo de Esqui Alpino "um balanço extremamente positivo, com resultados muito animadores".
Pedro Farromba sublinhou a experiência adquirida pelos três esquiadores portugueses e o 30.º e 35.º lugares obtidos por Baptiste Aranjo e Ricardo Brancal, respetivamente, nas descidas de qualificação no slalom, acima do ‘top 50’ estabelecido como meta.
"Continuamos a evoluir, dentro dos objetivos definidos e, inclusive, a superá-los. O caminho é este. Continuamos com muita vontade do que temos para fazer no futuro, porque temos muito a conquistar", sublinhou o presidente da FDIP, à Lusa.
Pedro Farromba acentuou a presença de mais de 100 atletas de 74 países na competição e a naturalidade com que os atletas portugueses chegam às provas a olhar para resultados "há alguns anos muito difíceis de obter".
"Temos de continuar este caminho para, no futuro, podermos ambicionar os lugares cimeiros da classificação", enfatizou o dirigente, que adiantou estar a ser feita uma "grande aposta" nos atletas de esqui alpino, para que seja possível ter uma comitiva maior na disciplina nos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim2022.
Neste momento, a principal preocupação é o cancelamento, devido à covid-19, de muitas das provas agendadas em que os esquiadores portugueses iam participar, de preparação com vista a Pequim2022.
Se a pandemia não permitir que as condições se alterem, a FDIP pondera a preparação dos atletas durante o inverno no hemisfério sul, com vista a que pelo menos dois baixem dos 50 pontos da Federação Internacional de Esqui (FIS).
Portugal participou com três atletas nos Mundiais de esqui alpino, que terminaram hoje. Vanina Guerillot e Ricardo Brancal repetiram a participação de Are2019, na Suécia, enquanto Baptiste Aranjo se estreou na competição.
O covilhanense Ricardo Brancal foi 40.º classificado na final de slalom gigante, enquanto Baptiste Aranjo não terminou a prova de qualificação. No slalom, Brancal foi 35.º na qualificação e o português residente em França terminou na 30.ª posição.
Vanina Guerillot de Oliveira não entrou em pista no slalom gigante, devido a uma lesão nas costas, e na final de slalom falhou uma porta durante a segunda manga, o que a atirou para fora da prova. A esquiadora lusa compete em março nos Mundiais juniores de esqui alpino, em Bansko, Bulgária.
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