Uma medalha de bronze no Open de Praga ‘abriu’ as portas do Europeu de judo a João Fernando, que admite que lhe falta superar “a rebentação das ondas" que são os cabeças de série, para atingir objetivos.
“É uma boa oportunidade para, finalmente, me superar, passar ali uns cabeças de série, é uma rebentação que tenho que passar nestas competições mais fortes, é uma boa oportunidade, com o treino que tenho feito”, disse o judoca à chegada a Sófia.
Portugal compete a partir de sexta-feira e até domingo nos Europeus de judo na capital búlgara, com uma seleção de 11 judocas, seis masculinos, entre os quais João Fernando (-81 kg), e cinco femininos.
Para chegar a Sófia, João Fernando precisou de chegar às medalhas numa competição prévia, no seu caso, e nos de Francisco Mendes e Rodrigo Lopes (-60 kg), todos como medalha de bronze no Open Europeu de Praga, em março.
“Demonstra que não foi uma má decisão, subir de categoria, treino melhor, com mais disposição, mais intensidade, não tenho o sofrimento do peso”, disse ainda o judoca, a propósito da medalha na capital checa, depois de ter subido de -73 kg a -81 kg.
No horizonte estão os Jogos Olímpicos de Paris2024, com a qualificação a arrancar em junho, com o Grand Slam de Ulan Bator, na Mongólia: “espero apurar-me, vou fazer tudo para isso.”
Na anterior categoria de João Fernando, entrou João Crisóstomo, com o judoca da Universidade Lusófona a subir dos -66 kg, que nos Europeus de Lisboa lhe deram uma medalha de bronze, aos -73 kg, e depois de ultrapassar uma lesão que o ‘parou’ quatro meses.
“Foi bastante grave, porque rasguei o adutor (…). Felizmente, com tratamento conservador, consegui”, revelou o judoca, que, apesar de não ter competido em Grand Slam ou Grand Prix, conseguiu uma medalha em Marín, Espanha, que lhe deu bons indicadores.
Nos Europeus, como revelou o selecionador Pedro Soares na semana passada, o judoca acabou por entrar nos 11 selecionados com uma espécie de ‘wild card’, ainda a fazer valer a medalha que conquistou na competição do último ano em Lisboa.
“No judo isso é possível. Agora, tendo em conta a nova categoria, é todo um novo desafio, uma nova mecânica (…). Ainda não tenho o peso que muitos atletas de -73 kg têm, então este Europeu, embora seja possível, será um bom teste para os anos que se avizinham”, adiantou.
Para o judoca, 217.º da hierarquia, os objetivos já este ano são os de ter resultados que lhe permitam progredir no ‘ranking’ e entrar nos 100 primeiros, condição necessária para estar no Mundial em outubro, no Uzbequistão.
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