A seleção cabo-verdiana de andebol, que foi obrigada a desistir do Mundial2021 por ter jogadores infetados com o novo coronavírus, deixou o Egito sem dois atletas com resultado positivo, informou hoje a organização da prova.
Cabo Verde, que viajou com apenas 11 jogadores para o Egito, faltou à partida da segunda jornada do Grupo A, no domingo, após serem detetados mais dois casos positivos ao novo coronavírus, deixando a seleção estreante no Mundial com apenas nove atletas disponíveis, após a derrota frente à Hungria (34-27).
"Eles [dois jogadores] vão sair [do Egito] assim que os exames tiverem um resultado negativo", pode ler-se na página oficial da Federação Internacional (IHF) na Internet.
Após serem conhecidos mais dois casos positivos na equipa, a IHF indicou que Cabo Verde poderia convocar dois atletas para conseguir comparecer no terreno do jogo com 10 elementos, o número mínimo obrigatório na ficha de jogo, mas desde que apresentassem um teste negativo.
Contudo, segundo contou o lateral Leandro Semedo, ao jornal espanhol La Nueva Cronica, os dois atletas "chegaram bem" ao Egito, mas a organização e a IHF obrigaram Cabo Verde a desistir.
"Eles estavam a sofrer muita pressão das grandes equipas, que não queriam jogar contra nós, e das autoridades de saúde. Eles tratavam-nos como animais e todos os dias ficávamos trancados no quarto do hotel. Serviam-nos comida pela porta. Se fosse a Alemanha, Espanha ou França, a IHF teria um comportamento completamente diferente”, lamentou.
A IHF atribuiu uma derrota por 10-0 a Cabo Verde no jogo da segunda ronda com a Alemanha, assim como na partida da última jornada do Grupo A, com o Uruguai, um cenário que se vai verificar em todas os jogos referentes à Taça Presidente, destinada aos últimos classificados dos grupos da fase preliminar.
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