A portuguesa Yolanda Hopkins afirmou no domingo que o apuramento para os oitavos de final da prova de surf feminino dos Jogos Olímpicos Paris2024 foi conseguido com estratégia, referindo que quer “dar ‘show’” na próxima ronda.
“Foi um ‘heat’ com poucas oportunidades. Acabei por ganhar com estratégia e não só pela força do meu surf. Espero que venhamos a ter melhores ondas porque quero dar mais ‘show’ no próximo ‘heat’”, disse.
Hopkins, quinta na estreia do surf nos Jogos Tóquio2020, superou a segunda ronda, com modestos 4,67 pontos (3,67 e um), mas suficientes para bater a neozelandesa Saffi Vette, que não foi além de 1,27 (0,67 e 0,60).
Depois de ter 'caído' na repescagem no embate com a sul-africana Sarah Baum e com a norte-americana Caroline Marks, no sábado, a algarvia de 26 anos assegurou no domingo a passagem à terceira ronda, marcada para as 03:00 (horas em Lisboa) de terça-feira, frente à costa-riquenha Brisa Hennessy,
Já Teresa Bonvalot foi afastada da competição pela japonesa Shino Matsuda, na repescagem.
A surfista natural de Cascais, nona em Tóquio2020, liderou praticamente o primeiro ‘heat’ da eliminatória, mas um ‘tubo’ levou Matsuda para a liderança, com 9,77 pontos (7,67 e 2,1).
“O evento para mim acabou. Claro que queria mais, como qualquer atleta que sonha com isto, mas demonstrei a raça do povo português e a minha raça. Tentei levar a bandeira portuguesa bem alto em condições com que não estamos tão familiarizadas, mas tenho de ser mais meiga para mim mesma e olhar para o lado positivo. Estar aqui e fazer parte destes Jogos pelo meu esforço é algo de que não me irei esquecer. Mas tenho mais vontade ainda de me classificar para os próximos Jogos. Por mim e por todos os portugueses”, salientou.
João Aranha, presidente da Federação Portuguesa de Surf, elogiou o desempenho das surfistas lusas e manifestou confiança num bom resultado de Yolanda Hopkins.
“Estamos a viver momentos históricos nestes Jogos Olímpicos, com a Teresa e a Yolanda a representarem com brio e coragem o nosso país e o nosso surf. Esta onda de Teahupo’o é uma onda única e que requer muita coragem, perícia e alguma sorte. A Teresa não teve a sorte do seu lado, mas só podemos agradecer-lhe o empenho e o trabalho. Faltou-lhe essa ponta de sorte. Felizmente, a Yolanda conseguiu passar esta ronda e continua em prova graças também a uma grande inteligência competitiva e muita atitude. Agora vamos todos torcer por ela, sabendo que tem qualidade para ombrear com as melhores”, referiu.
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