A portuguesa Maria Martins chega aos Jogos Olímpicos Tóquio2020 cheia de “motivação e resiliência” para a prova, na qual vai estrear Portugal no ciclismo de pista, um “sonho que vai ser tornado realidade”.
“A cada dia que passa sinto-me mais focada, a cabeça cada vez mais em Tóquio. Isso ajuda na preparação, nos dias duros, saio mais facilmente à rua e dou o meu melhor nos treinos para chegar na melhor forma possível. Não tenho ansiedade, tenho sim entusiasmo, e gera em mim muita motivação e resiliência”, revela, em entrevista à Lusa.
Depois de uma “boa preparação na Serra da Estrela” e de bons resultados à porta de Tóquio2020, na Taça das Nações de São Petersburgo, “o caminho está a ser feito e bem feito”.
“Aos poucos, eu vou sabendo que vou lá estar. É muito bom. Não sei... ainda é um sonho, vai ser tornado realidade. Mal posso esperar para entrar naquele avião e ir a Tóquio”, disse a ciclista natural de Moçarria, no concelho de Santarém, sem conter o entusiasmo.
A primeira participante no ciclismo de pista por Portugal, numa comitiva no ciclismo que inclui João Almeida e Nelson Oliveira, na estrada, e Raquel Queirós, no ‘cross country’ olímpico, espera “entrar bem e ir gerindo” na prova de omnium, marcada para 08 de agosto, último dia de competições na capital japonesa.
O omnium reúne quatro provas da pista: scratch, tempo, eliminação e pontos, tornando-se uma prova de gestão de esforço, estratégia ao angariar pontos e de polivalência.
Nas corridas, vai encontrar atletas com as quais já mediu forças, em esforços bem sucedidos para chegar ao pódio em Mundiais e Europeus, com a jovem de 22 anos, ‘mulher história’ do ciclismo de pista nacional, a querer “disputar prova a prova o que é um dia longo”.
“Sei contra quem vou correr, não são desconhecidas. Tenho de trabalhar em mim”, remata.
Portugal vai estar representado por 92 atletas, em 17 modalidades, nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, que vão ser disputados entre 23 de julho e 08 de agosto, depois do adiamento por um ano, devido à pandemia de covid-19.
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