Sabastián Palácios, que acompanha comitiva equatoriana em Tóquio, Japão, confessou que tem visto coisas que chamam à atenção, preocupam e indignam, algo que vai ao encontro do que o medalhado olímpico na prova de fundo masculina de ciclismo de estrada revelou, após conquistar o ouro.
“Fui um atleta que vim quase sem apoio. O país nunca acreditou em mim e a medalha é minha e das poucas pessoas que sempre me apoiaram”, disse, na altura, Carapaz.
O Comité Olímpico é “responsável pelas passagens, por coordenar a viagem, receber os atletas na aldeia olímpica, ou seja, cuidar de toda a logística dos atletas nos Jogos Olímpicos”, relembrou Palácios.
Contudo, o ministro do Desporto mostrou-se indignado pela “falta de treinadores, de uma equipa multidisciplinar junto dos atletas e de todas aquelas pessoas”.
“Estamos aqui para acompanhar os atletas, para que se sintam próximos do seu Ministério do Desporto e do seu Governo. Estamos aqui para acompanhar como se dá essa coordenação e logística (do COE). Infelizmente, temos visto coisas que nos chamam a atenção, estamos preocupados e indignados", confirmou Palácios, através de um vídeo divulgado nas redes sociais.
E acrescentou: “Depois de ter vivido um dos momentos mais incríveis da história do desporto equatoriano, sentir orgulho da conquista e triunfo de Richard Carapaz, e após as suas declarações, que entendo e compartilho, devem saber de algumas coisas da participação do Equador nos Jogos Olímpicos".
Por sua vez, o COE, através de comunicado assinado pelo presidente Augusto Morán, deu conta de que a sua missão é "promover e apoiar a proteção" dos atletas neste tipo de competição, adiantando, por exemplo, que o ciclista chegou à capital japonesa através da gestão efetuada pelo organismo.
Também o presidente do Equador, Guillermo Lasso, disse, após tomar conhecimento das declarações de Carapaz, que para o seu Governo é "uma prioridade acompanhar os atletas equatorianos em vitórias e derrotas".
“Concordamos com Richard Carapaz e trabalhamos para fornecer um apoio abrangente”, assegurou o Chefe de Estado.
Carapaz, de 28 anos, cumpriu os 234 quilómetros entre o Parque Musashinonomori e a Pista Internacional de Fuji em 6:05.26 horas, num triunfo a solo, com 1.07 minutos de vantagem para o belga Wout van Aert, que levou a prata ao 'sprint' face ao esloveno Tadej Pogacar, terceiro.
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