O secretário-geral do Comité Olímpico de Portugal (COP) disse que o organismo tem “uma posição muito clara” sobre a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos Paris2024, pedindo que as autoridades francesas definam os termos de segurança.
À margem de uma cerimónia em Lisboa, que marcou os 100 dias para o arranque dos Jogos, José Manuel Araújo falou sobre a cerimónia de abertura, prevista para acontecer no rio Sena, pela primeira vez fora de um estádio.
“Nesta matéria, o Comité Olímpico [de Portugal] tem uma posição muito clara. As autoridades têm que definir exatamente quais são os termos de segurança em que se está. Naturalmente que, do ponto de vista, diria, romântico, seria absolutamente extraordinário ver uma cerimónia de abertura completamente diferente do habitual, sem estádio olímpico, mas com aquele desfile dos atletas pela cidade”, disse.
O responsável assumiu, contudo, que “isso pode não acontecer” e que “é um cenário que o próprio presidente [francês Emmanuel] Macron, há poucos dias, levantou”.
“É uma situação que é medida pelas autoridades francesas desportivas e de segurança e nós cumpriremos, naturalmente, todas as regras que forem definidas. Claro, naturalmente, que esta é uma preocupação nossa. Já sinalizámos também junto do Governo português para que as questões de segurança não ensombrem a participação de Portugal e, obviamente, dos outros países todos”, afirmou.
Sobre a Missão portuguesa, José Manuel Araújo lembrou que o COP tem um contrato-programa assinado com o Governo, com um conjunto de objetivos, que “foram baseados muito nos resultados de Tóquio”.
“É esse o grande objetivo que nós temos, repetir Tóquio, que foi a melhor participação de sempre”, assumiu.
Referindo que Portugal vai ter menos atletas do que em Tóquio2020, até porque o andebol, que levou 14 representantes, não conseguiu repetir a presença, o dirigente assegurou que vai ser “uma missão olímpica que tem mais mulheres do que homens”.
“É um dos objetivos que nós temos no contrato-programa, que era aumentar a participação do género feminino, ou seja, aumentar a igualdade de género. Isso conseguimos, pondo a balança mais do lado feminino do que masculino”, referiu.
Os Jogos Olímpicos Paris2024 disputam-se de 26 de julho a 11 de agosto.
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