O tom crítico de Pedro Pablo Pichardo já não é uma novidade, mas não deixa de ser notícia. Agora, através das redes sociais, o vice-campeão olímpico no triplo salto nos Jogos Olímpicos de Paris lançou a pergunta: "Será que é impossível acontecer isto em Portugal?".
O campeão olímpico em Tóquio 2o21 referia-se à apoteótica receção de um atleta do Botswana - acompanhado por outros medalhados -, acarinhado por cerca de 30 mil pessoas num estádio lotado na capital Gaborone após ter conquistado a primeira medalha de ouro para o país africano.
Esta não é a primeira vez que o triplista se mostra desagrado pela forma como o desporto, à exceção do futebol, é tratado em Portugal pelos portugueses e pelas instituições, incluindo o governo.
No regresso de Paris, Pichardo chegou mesmo a pedir uma reunião a Luís Montenegro, primeiro-ministro, para debater as condições dos atletas olímpicos portugueses.
Este domingo, recorde-se, Iuri Leitão e Rui Oliveira foram recebidos no Aeroporto Sá Carneiro, no Porto, por centenas de pessoas, depois das conquistas no Omnium e no Madison.
No caso do atleta também medalhado de prata, Iuri, horas depois de aterrar, em Viana do Castelo, cidade natal, esperava-lhe uma outra receção com milhares de pessoas a aclamarem o novo herói nacional. Dias antes, também Patrícia Sampaio, bronze no judo, foi acarinhada por centenas de pessoas no Aeroporto de Lisboa, pouco antes de ser homenageada em Tomar, em plena Praça da República.
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