Surgiram novos dados sobre o caso da alegada violação de Kathryn Mayorga. A norte-americana acusa Cristiano Ronaldo de a ter violado em 2009 quando o craque português representava o Manchester United. Ronaldo nega as acusações, num caso que está longe do fim.
Esta sexta-feira, o jornal alemão 'Der Spiegel', que tem estado a investigar o caso e a revelar documentos com ajuda do 'Football Leaks', publicou alguns e-mails que provam a existência de um questionário que os advogados de Cristiano Ronaldo usaram para tentar perceber o que se tinha passado na noite em que a americana diz ter sido violada pelo jogador.
De acordo com os dados do 'Football Leaks', publicados pelo 'Der Spiegel', o documento continha os depoimentos do cunhado e do primo, as duas pessoas que estavam com Ronaldo na noite de 12 de junho de 2009, dia da alegada violação. O questionário terá sido elaborado por um "colega de escritório da agência de advocacia de Osório de Castro", um dos advogados de Cristiano Ronaldo. O referido questionário, de 41 páginas e com o nome 'Questions for client', começou no dia 3 de agosto de 2009 e foi elaborado pela 'Lavely & Singers', empresa de advogados de Los Angeles.
O documento foi depois enviado para o advogado de defesa de Ronaldo em Londres e, poteriormente para Carlos Osório de Castro, também representante do craque português, já alterado, alegadamente por Paulo Rendeiro, que terá posteriormente 'moldado' as respostas para que nenhum dos intervenientes ligados a Ronaldo cometesse qualquer erro no interrogatório que incriminasse o jogador da Juventus.
Quatro meses depois, a 24 de dezembro de 2009, Osório de Castro, envia o mesmo questionário, (documento word com o nome 'TquestionsvC ENG.doc') a vários advogados, inclusive aos da 'Lavely & Singer'.
O questionário tenta reconstruir o que se passou naquela noite, de de 12 de junho de 2009. E de acordo com o 'Der Spiegel', um dos advogados cita uma das numerosas respostas de Cristiano Ronaldo num e-mail que provam que Mayorga chegou a dizer 'No' e 'Stop' várias vezes, durante a alegada violação.
Diz ainda o jornal alemão que as respostas de Cristiano Ronaldo não as mesmas, na primeira e na última versão do questionário.
Kathryn Mayorga, agora professora, com 34 anos, apresentou queixa contra o avançado internacional português num tribunal do condado de Clarck, Las Vegas, no estado norte-americano do Nevada, alegando que, em 2009, foi violada pelo agora jogador da Juventus num quarto de hotel em Las Vegas, ao qual terá subido, junto com outras pessoas, para apreciar a vista e a banheira de hidromassagem.
A alegada vítima relatou que Cristiano Ronaldo a terá interpelado enquanto trocava de roupa e a terá forçado a sexo anal – no fim, conta, o português ter-se-á desculpado e dito que costuma ser um cavalheiro.
O caso foi divulgado pela revista alemã Der Spiegel, em 28 de setembro, na primeira vez que Kathryn Mayorga falou sobre o caso - a história já tinha sido revelada em 2017, em documentos difundidos pela plataforma digital Football Leaks.
Kathryn Mayorga conta ainda que na altura terá sido coagida a assinar um acordo de confidencialidade a troco de cerca de 325.000 euros (375.000 dólares), assentimento que os seus advogados consideram não ter valor legal.
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