O selecionador nacional de Portugal fez esta quinta-feira a antevisão do jogo de preparação para o Mundial'2018 frente à Arábia Saudita, e garantiu que a equipa portuguesa vai encarar o próximo desafio para além da questão solidária dos incêndios.
Na antevisão do jogo particular em Viseu, Fernando Santos fez questão de vincar a importância de defrontar uma seleção como a Arábia Saudita antes do Mundial e afirmou que há outros elementos a avaliar sobre os jogadores para além do jogo.
"Portugal já ganhou jogos particulares frente a seleções como Itália e Argentina, por isso não se podem avaliar as coisas assim, desde sempre que temos um lema neste grupo: que não há jogos mais ou menos importantes, não há equipas de primeira ou de segunda e temos o mesmo respeito por todos adversários sempre com o objetivo de vencer, pois sempre que entramos em campo está atrás de nós um país, uma bandeira, e mais ainda neste caso particular em que a FPF associou-se a esta onda solidária por causa dos incêndios, como o caso de Pedrógão e nestas zonas onde vamos jogar, sabemos que o povo está unido com isto, o povo português e solidário, e sei que o jogo vai estar esgotado e tenho a certeza que o povo português vai corresponder aqui e em Leiria, mas para além deste acto solidário há a responsabilidade de vencer", começou por dizer Fernando Santos.
"É claro que é mais do que um jogo de futebol neste sentido da solidariedade, e tenho a certeza que o povo português vai corresponder, mas a partir do momento que o jogo comece é a sério", acrescentou o técnico.
"Equipas como a Arábia Saudita podem calhar-nos na fase de grupos, uma vez que já garantiram o apuramento. Praticam um futebol que normalmente não defrontamos pois jogamos normalmente na Europa e é importante ver como é que a equipa se comporta perante esta equipa. Vai ser um jogo difícil, tem jogadores muito rápidos, tecnicamente evoluídos e vai ser um bom teste para nós", disse Fernando Santos sobre o adversário de amanhã.
"Claro que se for possível dar minutos a todos os jogadores darei, mas estamos aqui a preparamos para o Mundial e para além da festa há a questão competitiva, e iremos apresentar a melhor equipa para cada jogo, para os jogadores poderem apresentar-se, mas não como um teste, porque todos já estão a ser observados há três anos e há outros aspectos em avaliação", disse Fernando Santos, para depois desenvolver a sua ideia.
"O Renato tinha 18 anos quando foi ao Euro, a idade não é sinal de que os jogadores vão ou não ao Mundial. Isto é uma equipa aberta não há questão de idades, há sim uma questão de qualidade. É claro que nestes 23 não vão todos ao Mundial, mas já é um ponto de partida para eu fazer a escolha. Não tenho atenção especial em nenhum sector, tenho atenção em jogadores, e é para mim muito importante a entrega, nos treinos, por vezes os treinos dizem muito mais do que os jogos. O Renato fez dois jogos particulares antes do Euro e depois foi para lá. Para mim é óptimo que todos respondam bem, vão-me dificultar depois as escolhas para os convocados", completou Fernando Santos.
Em relação aos possíveis sectores que poderá renovar nos próximos tempos, e de que forma isso poderá afetar a matriz da equipa, Fernando Santos garantiu que essa questão não se coloca no seu grupo de trabalho.
"A equipa não vai perder a sua matriz, a sua forma de estar em campo, a sua atitude competitiva. Nã há aqui uma questão de renovação, há sim um lote de 40 jogadores que preciso de observar para depois fazer uma convocatória", sentenciou.
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