O Sporting vai pedir a "exclusão de Jorge Loureiro dos recintos desportivos de Portugal", depois dos incidentes no final do jogo entre 'leões' e axadrezados, da 25.ª ronda da I Liga. Jorge Loureiro, filho de Valentim Loureiro, terá agredido Miguel Nogueira Leite, membro do Conselho Diretivo do Sporting, na tribuna presidencial do Bessa. Em comunicado publicado no site oficial, os 'leões' falam em vergonha e dizem que vão agir "criminalmente contra Jorge Loureiro", ele que também é membro do Conselho-Geral do Boavista FC.
Eis o comunicado do Sporting
"Em face dos vergonhosos acontecimentos ontem verificados depois do final do jogo Boavista FC - Sporting CP – nomeadamente, as cobardes agressões ao membro do Conselho Directivo (CD) do Sporting Clube de Portugal (SCP) e também o clima de intimidação criado por um grupo de cerca de 20 pessoas, algumas pertencentes aos Órgãos Sociais do Boavista FC, sobre dois membros do CD do SCP, eventos que tiveram como testemunha maior o próprio presidente da Liga de Clubes, Dr. Pedro Proença, e que mereceram um pedido de desculpas dos dirigentes do Boavista FC, Dr. Álvaro Braga e Dr. Vítor Murta, ao presidente do SCP – o Conselho Directivo do Sporting Clube de Portugal informa que:
a. Agirá criminalmente contra Jorge Loureiro, sócio 1640 do Boavista FC e membro do Conselho-Geral do Boavista FC, pelas agressões contra um membro do Conselho Directivo do SCP, conforme já registado pelo Sr. Comandante Benjamim Ribeiro;
b. Participará junto da Liga Portugal, da Federação Portuguesa de Futebol e das entidades competentes com vista à exclusão de Jorge Loureiro dos recintos desportivos de Portugal;
c. Participará junto da Liga Portugal e da Federação Portuguesa de Futebol para comprovar as condições de segurança existentes no Estádio do Bessa, devendo aquelas entidades tomar as necessárias medidas, nomeadamente disciplinares, quanto aos factos ocorridos contra o dirigente do SCP.
O futebol português necessita de ser defendido de todos estes ataques. Todos os dirigentes desta modalidade têm de conseguir pautar as suas condutas e intervenções com elevado sentido de urbanidade e respeito por todos os agentes. Temos de conseguir pôr fim a estes delírios que quase todas as semanas envergonham o nosso campeonato.
O Sporting Clube de Portugal e o seu Conselho Directivo continuarão a lutar por uma forma de estar diferente no futebol em Portugal, procurando dignificar esta indústria e o espectáculo, defendendo sempre a Verdade.
Conselho Directivo, 10 de Março de 2019"
Jorge Loureiro nega tudo e ironiza com penálti de Raphinha
Confrontado com as notícias, Jorge Loureiro nega que tenha agredido qualquer dirigente do Sporting. Também em comunicado, o dirigente axadrezado defende-se e diz que " "talvez a pessoa que me acusa de algo que não fiz esteja a fazer o que Raphinha fez no campo, uma boa cena de teatro", em referência ao lance do penálti assinalado pelo árbitro João Pinheiro sobre Raphinha, num lance com Edu Machado aos 92 minutos e que deu a vitória ao Sporting. Jorge Loureiro nega também que tenha sido identificado pelo PSP.
Leia o comunicado de Jorge Loureiro na íntegra
"Tendo sido confrontado com várias notícias, em vários órgãos de comunicação social, quer online quer em papel, em que o meu nome é referido, com títulos do tipo "Membro do Conselho Directivo agredido por Jorge Loureiro" sou a contestar, em absoluto, o teor das referidas notícias.
Relativamente ao seu conteúdo cumpre-me dizer:
Não agredi qualquer pessoa, seja a que referem na notícia, seja qualquer outra.
Ao contrário do que foi veiculado, nenhuma força policial me identificou, o que será muito fácil de provar, já que isso não corresponde à verdade; alías, a que propósito me teriam de identificar se nada fiz, como pode ser constatado por várias pessoas que se encontravam ao meu redor e que poderão servir de testemunhas daquilo que afirmo?
Evidentemente que estou muito triste e revoltado com o que aconteceu no campo; há um penalti a favor do Boavista que não foi marcado, aos 55m de jogo, e o penalti que favoreceu o Sporting, no final do jogo, simplesmente não existiu, como se pode constatar pelos comentários que se podem ler nos vários jornais e nas análises que se podem ver e ouvir nas várias televisões.
Este sentimento de revolta, sentido por todos os boavisteiros, sem excepção, não me fez alterar a forma de estar no futebol já que, desde os meus 4 anos de idade que frequento estádios de futebol e é a primeira vez que alguém me acusa de ter agredido outrém num local desportivo.
Talvez a pessoa que me acusa de algo que não fiz esteja a fazer o que Raphinha fez no campo, uma boa cena de teatro, talvez para tentar branquear a vergonha que se passou no jogo.
Face às notícias que foram veiculadas e que dão como certo algo que não aconteceu, irei ponderar a instauração de uma queixa-crime contra quem deu esta notícia bem como quem a divulgou, e pedir um ressarcimento patrimonial pela difamação de que estou a ser alvo.
Porto, 10 de Março de 2019.
Jorge Loureiro"
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