O presidente do Sporting de Braga, António Salvador, disse esta segunda-feira que a falta de consenso no futebol português pode ser "perigosa" e reforçou o apoio em Luís Duque para a presidência da Liga de clubes.
"O Braga mostrou apoio a Luís Duque porque é um clube de consensos e os consensos foram determinantes nestes nove meses de gestão [de Duque]. Todos os clubes foram consensuais na sua eleição e na sua gestão até ao último dia e não havia razões para o Braga mudar de pensamento e de candidato", afirmou à margem da assinatura de um protocolo com a secretaria de Estado do Desporto e Juventude para a criação do cartão jovem para associados do Sporting de Braga.
Para António Salvador, Luís Duque "trouxe credibilidade à Liga, patrocinadores, reestruturou-a financeiramente, alterou os estatutos como os clubes pediram, criaram-se grupos de trabalho de todos os clubes para trabalhar em conjunto com a direção da Liga", destacou.
Independentemente do outro candidato, "o que está em causa é a continuação e a coerência", disse.
"Apoio claramente Luís Duque e espero que, independentemente de quem vencer, o consenso em prol da Liga volte a prevalecer para se poder trabalhar com estabilidade e coerência e para não recuarmos no tempo", afirmou.
Considerou "mau para o futebol português" que, depois de na última assembleia-geral, os clubes todos, "sem exceção", terem dado um voto de confiança e pedido para que Luís Duque se recandidatasse, tenha surgido outro candidato, no caso Pedro Proença, à liderança da LPFP.
"É mau para o futebol português não haver consenso, poder ser perigoso para o futuro", alertou.
O dirigente recusou ainda qualquer colagem ao Benfica neste processo (ambos apoiam Luís Duque), frisando que o clube da Luz defendia a nomeação dos árbitros e o Sporting de Braga o sorteio (intenção recentemente chumbada).
Em relação à equipa de futebol, mostrou-se satisfeito pela pré-época até agora realizada, mas frisou que o clube ainda vai contratar "dois a três jogadores essencialmente para a linha da frente", sendo que algum destes pode chegar por empréstimo dos três 'grandes'.
Disse esperar que não saia mais ninguém, mas lembrou que o Sporting de Braga é um clube vendedor.
"Tivemos dois anos em que conseguimos manter os jogadores de maior valia, fizemos um esforço enorme para isso, mas ia chegar um momento, e foi agora, em que tínhamos que os vender. O Braga é um clube vendedor, tem que vender forçosamente para poder manter este nível competitivo", disse.
Explicou ainda que o Sporting de Braga não renovou o seu contrato com o Banco BIC, porque a instituição bancária, por causa da situação financeira em Portugal e em Angola, propôs reduzir "em mais de 50 por cento" o seu patrocínio.
"O Braga não podia aceitar isso e, por muito que nos custe, teremos que procurar outros parceiros, porque isso é fundamental", disse.
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