O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional reagiu hoje com satisfação à notícia do regresso dos adeptos aos estádios, lamentando, no entanto, "a forma discriminatória como o futebol profissional foi tratado".

Pedro Proença, no final da Assembleia Geral do organismo, prestou uma breve declaração aos jornalistas, congratulando-se "por uma decisão que só peca por tardia", depois de o desporto ter sido muito afetado com a pandemia covid-19, e que as competições foram suspensas e o público impedido de as assistir mesmo depois de retomadas, como forma de combate à doença.

"Venho aqui para fazer uma pequena declaração. Congratular-me por esta decisão, que só peca por tardia. Soubemos hoje que vamos ter finalmente o acesso do público às competições profissionais. Foi o resultado de um trabalho de vários meses em que não percebemos a forma discriminatória como o futebol profissional foi tratado", afirmou o líder do organismo.

O dirigente assumiu ainda que vai trabalhar no sentido de que a percentagem de público nos estádios "possa ser quase na plenitude".

"Felizmente, presidentes, sociedades, Liga, Federação e restantes entidades desportivas conseguiram, finalmente, o acesso do público aos nossos estádios. Depois do que assistimos no passado fim de semana, era incompreensível não ter público nos nossos estádios. Vamos trabalhar para que a próxima época possa ser distinta e trabalhar para que a percentagem de público nos estádios possa ser quase na plenitude e estamos preparados para esse cenário", finalizou Pedro Proença.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.681.985 mortos no mundo, resultantes de mais de 171 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 17.025 pessoas dos 849.538 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.