O Ministério Público (MP) acusou um empresário de futebol de agredir um operador de câmara da TVI nas imediações do estádio do Moreirense, no final de um jogo entre este clube e o FC Porto, em abril de 2021.
Em nota hoje publicada na sua página, a Procuradoria-Geral Regional do Porto refere que o arguido está acusado de ofensa à integridade física qualificada, atentado à liberdade de informação e dano com violência.
Os factos remontam a 26 de abril, pelas 23:50, nas imediações do Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos, concelho de Guimarães, distrito de Braga, no final de um encontro de futebol entre o Moreirense Futebol Clube e o FC Porto, a contar para a 29.ª jornada da Liga NOS.
Segundo o MP, a vítima, um operador de câmara a trabalhar para uma estação de televisão, encontrava-se a cobrir jornalisticamente os momentos posteriores ao encontro, foi abordada pelo arguido “que, com o intuito de que parasse de filmar, lhe desferiu um pontapé no abdómen e, simultaneamente, no material de imagem com que filmava”.
O MP acrescenta que o arguido desferiu um segundo pontapé na vítima e no referido material, encostou o operador de câmara a um gradeamento e segurou-o pelo pescoço, tentando retirar-lhe a câmara.
“Como não conseguisse fazê-lo, arrancou-lhe o cabo, fazendo com que se perdesse o sinal em direto e a transmissão em tempo real das imagens”, sustenta ainda o MP.
Várias entidades, como a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), o Sindicato dos Jornalistas (SJ), a Associação dos Jornalistas de Desporto (CNID), a Associação Nacional de Agentes de Futebol (ANAF) e a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), juntamente com os clubes Sporting e Benfica, repudiaram a agressão.
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