O antigo jogador do Rio Ave, Marcelo, testemunhou ontem no Tribunal de Esposende a favor de Cássio, no processo por difamação movido a César Boaventura, mas assumiu também que a relação com o empresário de futebol foi sempre 'estritamente profissional'.
Na sequência do processo que opõe Cássio a César Boaventura por difamação, Marcelo ilibou o guarda-redes brasileiro de quaisquer suspeitas de corrupção na goleada do FC Porto sobre o Rio Ave por 5-0 na temporada 2016/2017 e garantiu que as declarações do empresário nas redes sociais afetaram o antigo companheiro de equipa.
Recorde-se que o empresário de futebol levantou suspeitas, através de uma publicação na rede social Facebook, sobre o rendimento de alguns jogadores do Rio Ave no jogo em questão, o que levou Cássio a apresentar uma queixa por difamação contra César Boaventura na ordem dos 15 mil euros.
"Depois do jogo com o FC Porto, César Boaventura acusou o Cássio de ter facilitado e de se ter vendido. Acusou-o de ter facilitado a vida ao adversário. Pela publicação, todas as pessoas do futebol sabem que era o Cássio", começou por dizer o antigo jogador do Rio Ave.
"Ele [Cássio] ficou muito abalado e nos jogos seguintes, em Guimarães e Braga, era sempre motivo de acusações. Os adeptos abanavam notas e chamavam-lhe corrupto, insinuando que se tinha vendido ao FC Porto", acrescentou Marcelo.
"Não acredito que tenha sido corrompido. É uma pessoa correta", frisou o defesa central brasileiro de 29 anos.
Questionado sobre as declarações de Lionn, agora jogador do Desportivo de Chaves, que acusou César Boaventura de o ter tentado comprar, assim como a Cássio e Marcelo, antes do jogo entre Rio Ave e Benfica a contar para a época 2015/2016, o defesa central brasileiro garantiu em Tribunal que conheceu o empresário César Boaventura num contexto 'estritamento profissional', revelou o advgogado de César Boaventura ao SAPO Desporto.
Já o guarda-redes Cássio sublinhou em tribunal no passado dia 18 de março que, falou "uma vez pessoalmente" com César Boaventura e "mais algumas vezes" por telefone, alegando "questões profissionais" para explicar os telefonemas entre os dois.
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