Depois de um empate em Alvalade (7.ª jornada da I Liga) e uma eliminação da Taça de Portugal, também contra o Sporting, o FC Porto regressou às vitórias nas competições internas. E fê-lo com fato de gala ao marcar cinco golos em Arouca.
No desafio correspondente à oitava jornada do campeonato português, Lopetegui surpreendeu ao apresentar a sua equipa inicial. Fez apenas uma alteração, no eixo da defesa, deixando no banco Maicon para insistir no conterrâneo Marcano. O central espanhol ainda não dá mostras de confiança ao resto da equipa, com desatenções bastante graves, como aquela que aconteceu aos 10 minutos. Valeu a atenção de Fabiano que, ao contrário do defesa, exibiu-se a um grande nível.
Depois de um começo mais equilibrado, os Dragões de Lopetegui olearam a máquina e deram início ao festival de golos. Começou Juan Quintero num remate forte fora da área, com um desvio num defesa dos arouquenses e Jackson Martínez deu logo seguimento ao 0-2, depois de um excelente trabalho individual de Brahimi, que continua a não saber jogar mal. Dois golos em dois minutos.
Já quase a fechar a primeira parte, o médio brasileiro Casemiro cabeceou certeiro para o terceiro da noite, num pontapé de canto executado por Cristian Tello. O jogador emprestado pelo Barcelona voltou a ser determinante no quarto golo portista, já na segunda parte, tendo sido o responsável pelo trabalho indivual e cruzamento para o ‘bis’ de Jackson Martínez.
É notável o crescimento de Cristian Tello nesta equipa do FC Porto. Juntamente com Danilo, este na defesa, o corredor direito do FC Porto torna-se um muro intransponível para as equipas contrárias.
Já com 0-4 no marcador, e com os três pontos assegurados, Julen Lopetegui coloca em campo Ricardo Quaresma. Desta vez não foi decisivo – o jogo também não precisava dele – mas foi importante para o treinador portista voltar a medir quem é mais forte: Tello ou Quaresma? Apesar de receber todo o carinho dos adeptos, Quaresma vai ter de ficar mais vezes no banco. A culpa não é do treinador, mas sim das excelentes exibições do extremo espanhol.
Aos 75 minutos, Jackson Martínez abandonou o Estádio Municipal de Arouca com mais dois golos na sua conta pessoal – é agora o melhor marcador da Liga com sete golos -, e Aboubakar entrou no lugar do colombiano. Doze minutos depois, o camaronês marca a passe de Quaresma, fazendo uma mão cheia de golos.
O espanhol Adrián ainda entrou, para o lugar de Quintero, mas o reforço mais caro da época continua muito aquém do esperado.
No rescaldo do jogo, o técnico portista sublinhou a evolução da equipa: "A equipa fez um bom jogo, criámos várias oportunidades e marcámos cinco golos. O Arouca tinha criado dificuldades a adversários grandes mas hoje o FC Porto fez um bom jogo e penso que o resultado é merecido. A equipa está bem, tem coisas a melhorar como todas mas está bem", disse.
Para o treinador da formação do Arouca, o bom arranque perdeu-se rapidamente com os dois golos de rajada portista. "Tivemos uns primeiros 20 minutos bem conseguidos, tivemos a primeira oportunidade e o Fabiano fez uma excelente defesa. Logo depois, o FC Porto marca um excelente golo. Enfim, perdemos, são três pontos, o resultado acabou por se avolumar porque nos fomos abatendo e o FC Porto foi construindo o resultado", disse o técnico.
Lopetegui não inventou e os resultados estão à vista.
Com este triunfo folgado, com a melhor exibição da época para o campeonato português, o FC Porto pressionou o Benfica, que esta noite joga em Braga. Apenas um ponto separa os Dragões das Águias.
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