O FC Porto requereu, formalmente, o indeferimento da candidatura de Cláudia Santos à presidência do Conselho de Disciplina da FPF.

Francisco J. Marques explicou, esta terça-feira, os motivos pelos quais os 'azuis e brancos' solicitam que a deputada do PS e antiga Presidente da Comissão de Instrução e Inquéritos da Liga, nos tempos de Mário Figueiredo, não possa ser elegível para a lista proposta por Fernando Gomes.

"O FC Porto tinha manifestado desacordo com a escolha da Cláudia Santos para integrar a única lista às eleições da FPF e agora o FC Porto entendeu, na sexta-feira passada, fazer um requerimento ao presidente da Comissão Eleitoral da Federação requerendo a retirada da lista da Cláudia Santos por duas razões: uma porque estamos na presença de uma deputada que vai estar a julgar na justiça desportiva, há um lado de incompatibilidade. A FIFA, aliás, teve problemas desses no tempo do Blatter, o que levou à criação de um código de ética. E isso é extensível a todos os associados. O artigo 7 dos estatutos diz que nos órgãos da FPF que todos devem respeitar o Código da Ética da FIFA, da UEFA e da FPF. E à luz disto, alguém como a Dra. Cláudia Santos, é logo eliminada. Não discutimos a questão legal, mas sim ética. Alguém no poder legislativo exercer o estatuto de julgador não me parece compatível. E depois é conhecida a antipatia que tem para com o FC Porto e com o presidente do FC Porto", apontou o diretor de comunicação dos 'dragões' no Porto Canal.

"Parece que não há mais ninguém no país., ou que é uma escolha de pronto a vestir, pré-determinada, com uma função qualquer, porque ninguém de bom senso escolhe alguém que vai criar todos estes problemas. Então, escolhe-se alguém que sabe, à partida, vais ser uma escolha polémica? Está disposto a isso porquê? O futebol portuguesa anda nos últimos três anos anda numa luta terrível para se libertar do polvo do Benfica. Isto é dar de mão beijada um grande trunfo ao polvo do Benfica. A questão é porquê? Vamos ver qual a resposta a este requerimento, porque também merecerá interpretação", acrescentou Francisco J. Marques.