A missão do FC Porto era só uma: Dar continuidade aos bons resultados, depois do regresso aos triunfos no embate frente ao Casa Pia (2-0). A motivação passava pela colagem ao 1.º lugar, após a derrota do Sporting em Moreira de Cónegos, mas os azuis e brancos acabaram por cair para o terceiro lugar da tabela.
O famalicenses também queriam encontrar-se com o trilho dos bons resultados, depois de uma série negativa, que redundou em apenas duas vitórias nas últimas 11 partidas e deu origem à mudança de técnico.
No ataque ao embate no Minho, Vítor Bruno fez apenas uma alteração na equipa, com Martim Costa a jogar no lado direito da defesa, entrando para o lugar de João Mário. Já Ricardo Silva apostou no mesmo onze que foi derrotado no Estoril.
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O FC Porto iniciou a partida todo o vapor, no intento de chegar ao golo numa fase madrugadora da partida. Os primeiros minutos foram por isso de agitação junto à área famalicense. O primeiro aviso, digno de registo, ocorreu ao minuto 19, com Zlobin a defender quase por instinto o pontapé de Galeno.
O FC Porto voltou a criar perigo por intermédio de Pepê. Cruzamento do lado direito, e o jogador brasileiro, já dentro da área, fez o desvio, com a bola a passar ligeiramente ao lado. Três minutos volvidos, e Zlobin foi obrigado a resolver a soco, depois de um livre de Eustáquio.
Só a partir da meia hora, o Famalicão se conseguiu soltar do 'pressing' dos portistas. Através de uma transição, Rochinha serviu Youssouf, que rematou de primeira ao lado.
Apesar do crescimento dos minhotos nos últimos minutos da primeira parte, foi contra a corrente do jogo que o Famalicão chegou ao golo. Ataque rápido da formação da casa, com Rafa Soares a fazer o cruzamento para a área. Diogo Costa defendeu para a frente, e na recarga, Óscar Aranda fez o primeiro da partida.
O encontro ia assim para o intervalo, com um FC Porto mais dominante, com mais chances, mas com o Famalicão em vantagem. É esta a ironia do futebol.
No início da segunda parte, a mesma toada que na primeira, e o FC Porto voltou a entrar com tudo. Zlobin começou por travar um primeiro ensaio de Samu. Cinco minutos volvidos, ao minuto 52´, o dianteiro espanhol empatou a contenda. Bola parada de Pepê, a defesa do Famalicão afastou, e na ressaca Samu atirou para o golo.
Com muita intensidade, mas sem capacidade para definir da melhor forma no último terço, faltava clarividência para encontrar os melhores caminhos para a baliza. Contudo, ao minuto 74, os dragões conseguiram chegar novamente ao golo, por Samu. Galeno, numa diagonal, assistiu o espanhol, que bisou na partida, já no coração da área.
Só que os azuis e brancos passaram de um golo marcado, que seria o da reviravolta, para uma situação de golo anulado, e penalti contra. Luís Godinho entendeu que Pepê tinha cortado um cruzamento com o braço.
Porém, Diogo Costa passou de vilão a herói, ao defender o penalti de Aranda, depois de não ter ficado bem na fotografia no lance do primeiro golo da equipa da casa.
Só a 10 minutos do fim, Vítor Bruno mexeu no xadrez, com as entradas de Rodrigo Mora e Iván Jaime. O Famalicão também refrescou, com as entradas de Amorim e Sorriso. Antes do apito final, o FC Porto teve uma derradeira oportunidade para desfazer o empate no marcador. Contudo, a reação final acabou por 'morrer' num fora de jogo tirado ao ataque portista na marcação da falta.
Empate em Famalicão, com os azuis e brancos a falharem o assalto ao primeiro lugar e voltarem a não ganhar na liga portuguesa. Na classificação, o FC Porto colocou-se a dois pontos do líder Sporting, que perdeu na quinta-feira por 2-1 em Moreira de Cónegos, mas caiu para terceiro, com os mesmos 31 pontos do Benfica, que tem menos um jogo. O Famalicão é sétimo, com 18.
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