A revista Sábado adianta esta sexta-feira na edição online que o Benfica teve acesso a “dados da Segurança Social” do Sporting.
A mesma publicação adianta que Polícia Judiciária encontrou, nas últimas buscas no estádio da Luz ao gabinete de Paulo Gonçalves, documentos sobre processos em segredo de justiça e também “pesquisas na base de dados da Segurança Social” relativas a Hernâni de Jesus Fernandes, assessor do Sporting e antigo árbitro assistente.
A Sábado revela ainda que, com base num auto do Ministério Público, José Augusto Silva, técnico do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça suspeito de passar informações confidenciais a Paulo Gonçalves, o empresário Óscar Cruz e o ex-funcionário judicial José Ribeiro estiveram sob escuta telefónica. E terá sido através destas escutas que que a PJ conseguiu descobrir o elo de ligação entre José Silva e o assessor jurídico da SAD do Benfica.
A 'Operação E-Toupeira' foi conhecida no dia 6 de março. Nesse dia, 50 elementos da Polícia Judiciária (PJ), um juiz de instrução criminal e dois magistrados do Ministério Público realizaram 30 buscas nas áreas do Porto, Fafe, Guimarães, Santarém e Lisboa. No mesmo dia foram detidos Paulo Gonçalves, assessor jurídico da SAD do Benfica, e José Silva, técnico de informática do Instituto de Gestão Financeira e Equipamento da Justiça.
Paulo Gonçalves foi detido para interrogatório e mais tarde libertado. Ficou ficou proibido de contactar com os outros arguidos do processo 'e-toupeira'. O outro detido no processo, José Silva, funcionário do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, a trabalhar no departamento de informática dos tribunais de Fafe e Guimarães, indiciado por corrupção passiva, ficou em prisão preventiva.
Após o primeiro interrogatório judicial, o assessor jurídico da SAD benfiquista foi indiciado por corrupção ativa e quatro crimes de violação do segredo de justiça, estes em coautoria com o técnico informático José Silva, o qual, por sua vez, está ainda indiciado de um crime de corrupção passiva, favorecimento pessoal, peculato, burla informática, falsidade informática e nove crimes de acesso ilegítimo.
O inquérito, dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, tem por objeto factos suscetíveis de integrarem crimes de corrupção, peculato, violação do segredo de justiça, favorecimento pessoal, falsidade informática, acesso ilegítimo e burla informática, indica o mesmo comunicado.
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