Segundo o presidente da AG, Mário Costa, foi retirado, por proposta da direção da LPFP, o ponto de trabalho que previa o regresso da equipa de Barcelos ao escalão principal, assim como a alteração do seu quadro competitivo, o que motivou o presidente do emblema gilista, António Fiúza, a abandonar os trabalhos antes do seu final.
Mário Costa, que falou após o termo dos trabalhos, deu a entender que o assunto só voltará à esfera decisiva dos clubes "depois transitar em julgado a sentença do Tribunal Administrativo de Lisboa", que anulou a decisão que há 10 anos relegou os gilistas para a II Liga ou, então, se o Belenenses recuar na decisão de recorrer da mesma, o que, também hoje, o seu presidente, Rui Pedro Soares, fez questão de reafirmar.
Recorde-se que a sessão extraordinária que hoje decorreu na sede da LPFP, no Porto, tinha como um dos pontos de trabalho a promoção da equipa de Barcelos, em “cumprimento da decisão proferida pelo Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa, no âmbito do processo comummente designado Caso Mateus”.
Porém, após reunião da direção do organismo presidido por Pedro Proença, ainda da parte da manhã, os clubes que a integram - FC Porto, Benfica, Sporting, Vitória de Guimarães, Rio Ave e Freamunde -, assim como o representante da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), decidiram deixar à consideração de todos os associados a retirada do ponto principal do dia.
No universo de 47 votos presenciais, 37 aprovaram a proposta da direção da LPFP, num claro recuo quanto à intenção de integração do Gil Vicente e consequente alargamento da I Liga, embora os cenários dessa possibilidade tenham sido debatidos, para o caso de o processo necessitar de celeridade, conforme o próprio presidente da AG admitiu.
Rui Pedro Soares, presidente do Belenenses, o último a sair do encontro de hoje, reafirmou a intenção de recorrer da sentença do tribunal lisboeta, "em defesa dos interesses do clube e na defesa da honra dos seus antigos dirigentes", conforme disse aos jornalistas.
A 06 de junho, após notificada pelo tribunal, a Federação Portuguesa de Futebol recomendou à Liga que levasse "a cabo os atos necessários à integração" do Gil Vicente no principal campeonato, "no mais curto espaço de tempo possível".
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