Benfica e FC Porto empataram a uma bola no clássico na Luz, em partida a contar para a 31.ª jornada da I Liga (1-1). Com este resultado, o Sporting está a uma vitória de garantir a conquista do título nacional.
O Jogo
Benfica e FC Porto frente a frente, separados por quatro pontos. Na mente das duas equipas estava apenas um objetivo: Os três pontos. Por um lado, os encarnados sabiam que só os três pontos possibilitariam a aproximação ao segundo lugar. Já do lado portista, era imperativa a vitória para manter a equipa ligada à corrente do título depois da vitória do Sporting em Vila do Conde.
Em relação às equipas, do lado dos dragões nota para a ausência de Jesús Corona, uma baixa de peso da equipa de Sérgio Conceição.
Na primeira parte viu-se um conjunto azul e branco com o controlo da partida, mas com o Benfica terrivelmente eficaz. Os dragões foram os primeiros a darem o primeiro sinal de perigo no clássico dos clássicos do futebol português: Luiz Diaz numa iniciativa pelo lado esquerdo (5´), depois de uma diagonal disparou com a bola a passar muito próximo da baliza de Helton Leite. Seguiu-se Uribe que atirou por cima do travessão, depois de uma jogada em que Vertoghen e Marega chocaram entre eles.
Aos 21´, o FC Porto podia ter chegado ao golo. Marega fugiu pela direita, tentou o cruzamento, mas Taremi na hora H, não conseguiu finalizar, num total desperdício do avançado iraniano. Com a ineficácia portista, acabou por ser o Benfica a chegar ao golo. Everton iniciou a jogada, tabelou com Pizzi e disparou para o fundo da baliza, batendo Marchesín.
A partir daí, o FC Porto chamou para si o controlo, que aliás nunca perdeu durante os primeiros 45 minutos - e foi à procura do empate. Os visitantes tiveram nova oportunidade à passagem do minuto 34´, com Uribe a rematar por cima.
Os dragões dominavam, tinham mais posse e estavam mais fortes na circulação, com o Benfica a espreitar quando podia o contra-ataque, aproveitando a velocidade de Rafa e Cebolinha. Ao conjunto de Sérgio Conceição faltava ligação no último terço.
Em cima do final da primeira parte poderia ter sido o golpe de misericórdia para o FC Porto: Artur Soares Dias assinalou grande penalidade a favor do Benfica, mas acabou por reverter a decisão com recurso ao VAR e assinalou fora de jogo de Rafa.
Segunda parte imprópria para cardíacos
No segundo tempo, a mesma toada com o azuis e brancos 'mais esfomeados' à procura do golo e com o Benfica a explorar a profundidade dos seus jogadores nas transições.
Helton Leite foi logo colocado à prova ao minuto 51´, depois de um remate de Marega. Zaidu voltou a dar o mote, depois de um canto de Sérgio Oliveira, mas a bola parecia não querer entrar do lado portista. O jogo abria, e era cada vez mais de parada e resposta. Ao minuto 56´, Artur Soares Dias voltou a assinalar grande penalidade, sobre Diogo Gonçalves, mas novamente a decisão foi revertida.
Tanto o cântaro vai à fonte que os dragões acabaram mesmo por chegar ao empate. João Mário furou pela direita, cruzou rasteiro e Uribe finalizou para o fundo da baliza. Era o resultado mais ajustado para aquilo que se tinha visto no relvado da Luz.
O final acabou por ser impróprio para cardíacos, com Benfica e FC Porto próximos da vitória. Em cima dos 90´, Taarabt atirou ao ferro. Contra-ataque encarnado, com a bola a sobrar para o marroquino que disparou uma bomba, com Marchesín a desviar a bola para a barra. Em cima do minuto 94, Pizzi marcou mesmo, depois de um passe de Diogo Gonçalves, mas o lance foi anulado por um fora de jogo de 30 centímetros. Em cima do apito final, no final dos descontos, Luis Díaz dispôs da derradeira oportunidade, mas rematou por cima.
Empate no clássico, num encontro em que o FC Porto esteve por cima do jogo durante a maior parte do tempo, com o Benfica, quando pôde, a explorar as transições. O resultado acaba por ser penalizador para as duas equipas, ainda assim os azuis e brancos ficaram mais próximos de garantir um lugar na Liga dos Campeões de forma direta.
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