O Norwich, último classificado da Liga inglesa de futebol, defendeu hoje a decisão de recorrer ao ‘lay-off’, abrangendo 50% dos seus funcionários, por não ter tido outra alternativa financeira, em plena crise da COVID-19.
“A decisão que tomámos foi no melhor interesse do clube e do ‘staff’. Temos sido muito transparentes que estamos em auto-financiamento”, defendeu Ben Kensell, diretor de operações dos ‘canaries’.
Liverpool, Bournemouh e Tottenham chegaram a anunciar que, devido à paragem das competições, iriam recorrer ao ‘lay-off’ e consequente apoio governamental, mas acabaram por recuar nessa decisão, posição que Newcastle e Norwich mantiveram.
Com o ‘lay-off’, o governo britânico suporta 80% dos salários, até um teto máximo de 2.500 libras (cerca de 2.850 euros), e o empregador os restantes 20%.
“Naturalmente, se tivéssemos dinheiro disponível para não recorrer a este esquema, como outros clubes o fizeram, iríamos fazê-lo”, acrescentou Kensell, para justificar o facto de o clube manter funcionários, excluindo praticantes, em ‘lay-off.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou cerca de 200 mil mortos e infetou quase 2,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 736 mil doentes foram considerados curados.
O Reino Unido apresenta até hoje 143.464 casos de pessoas infetadas e 19.506 mortes.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.
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