“Tenho de hesitar, porque são duas selecções bastante moralizadas. Esta é uma meia-final, em que ao mínimo erro as equipas marcam. Dou um pouco mais de favoritismo à Alemanha, por estar melhor fisicamente e ter os jogadores mais moralizados. Considero a Alemanha cinco ou dez por cento mais favorita”, afirmou o médio, que defendeu as cores lusas nos campeonatos do Mundo de 2002 e 2006.
Apesar disso, Petit antevê um duelo “bastante equilibrado” e “dividido”, entre a “muito forte” equipa alemã, com “jogadores muito jovens”, e a “séria candidata” Espanha.
“Aqui, os clubes apostam muito na formação e nos jovens. Como a Alemanha foi campeã europeia, no último europeu, e tem jogadores em grandes equipas como o Müller (ausente por castigo), o Khedira e o Özil. São jogadores que têm mostrado muito valor na Bundesliga e chegaram à selecção, impuseram-se e têm um ritmo de jogo muito forte”, explicou.
À distância, e depois de conferir as dificuldades que a selecção espanhola sentiu para eliminar o Paraguai e conquistar uma vaga nas meias-finais, Petit considera que a selecção portuguesa deveria ter sido mais audaz.
“Acho que Portugal tinha todas as condições, apesar da selecção espanhola ser muito poderosa. É a campeã europeia e os jogadores jogam há muitos anos juntos. O Paraguai esteve muito bem, mas mostrou que se Portugal tem sido um pouco mais atrevido podia ter conseguido outro resultado”, concluiu.
Campeão em Portugal pelo Boavista, em 2000/01, e pelo Benfica, em 2004/05, conquistando ainda, ao serviço dos “encarnados” uma Taça de Portugal e uma Supertaça, Petit vestiu a camisola das “quinas” em 57 jogos, tendo marcado quatro golos.
O encontro entre a Alemanha e a Espanha realiza-se a partir das 20:30 locais (19:30 em Lisboa), em Durban, com o vencedor a defrontar domingo a Holanda, que terça-feira venceu o Uruguai por 3-2, na primeira meia-final.
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