O presidente francês, Emmanuel Macron, rejeitou hoje um boicote ao Mundial2022 de futebol no Qatar, justificando que este evento desportivo ajudará o país, acusado de não respeitar os direitos humanos, a mudar.
“Não sou a favor de um boicote ao Mundial. Essas questões deveriam ser colocadas antes, no momento em que se atribuem os jogos ou competições”, disse o governante francês num evento em Banguecoque.
Macron insistiu que será bom para o Qatar receber o Campeonato do Mundo, que se inicia no domingo e decorrerá até 18 de dezembro, por ser o primeiro organizado no mundo árabe e porque a competição tem levado a que se efetuem algumas “reformas”.
O presidente francês, que chegou na quarta-feira a Banguecoque, onde participará como convidado na cimeira de cooperação económica Ásia-Pacífico (APEC), que se inicia na sexta-feira, insistiu no facto de que o desporto “não deve ser politizado”.
O Mundial no país continua a gerar debate, quer no que diz respeito às condições dos trabalhadores, ao impacto ambiental dos estádios climatizados, ao papel da mulher ou aos direitos das minorias, nomeadamente LGBTQ+.
Muitas críticas que têm levado os adeptos, sobretudo da Europa ocidental, a um boicote da competição.
Comentários