A França vai iniciar a defesa do título mundial de futebol no Grupo D e encontrar novamente nesta fase Dinamarca e Austrália, tal como em 2018, com a Tunísia a tentar pela primeira vez os oitavos de final.

Com a juventude de Kylian Mbappé e a experiência de Karim Benzema, ausente há quatro anos, a seleção francesa apresenta-se no Qatar com 11 repetentes do sucesso alcançado na Rússia, mas com baixas importantes no meio-campo, como Paul Pogba e N’Golo Kanté.

Mesmo assim, isso não impede que a equipa de Didier Deschamps seja clara favorita a conquistar o Grupo D, com Dinamarca, Austrália e Tunísia a lutarem pelo segundo lugar, embora os escandinavos sejam, teoricamente, mais fortes.

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No Mundia2022, a França terá pela segunda vez na sua história oportunidade de se juntar a Itália (1934 e 1938) e Brasil (1958 e 1962) no restrito grupo de seleções que conquistaram dois Campeonatos do Mundo de forma consecutiva.

Na primeira chance, no Coreia do Sul/Japão, em 2002, após o sucesso de 1998, a seleção gaulesa dificilmente conseguiria fazer pior, já que ficou pela fase de grupos com apenas um ponto conquistado e muitas polémicas à mistura.

No Qatar, Didier Deschamps cumpre uma década no comando da França, numa prova que promete atualizar o livro de recordes dos ‘les bleus’, com o guarda-redes Lloris (139 jogos) a poder ultrapassar Lillian Thuram (142) como o jogador com mais internacionalizações e Olivier Giroud (49) a ter a mesma oportunidade, mas na lista de melhores marcadores de sempre, contra Thierry Henry (51).

Para chegar ao Campeonato do Mundo e poder defender o título, a França venceu com tranquilidade do Grupo D, sem sofrer qualquer derrota (cinco vitórias e três empates).

A Dinamarca parece a única seleção com capacidade para rivalizar com os franceses no grupo, até porque venceu um jogo e empatou outro nas duas últimas vezes que os dois países se encontraram em fases finais de Campeonatos do Mundo. Em 2018, o duelo não passou do ‘nulo’ e, em 2002, os nórdicos venceram por 2-0.

Ano e meio depois do problema cardíaco e de todo o enorme susto vivido no Euro2020 (disputado em 2021 por causa da pandemia da covid-19), o médio Christian Eriksen regressa a uma grande competição com a ‘sua’ Dinamarca, que, na sexta presença em Mundiais, vai tentar igualar a sua melhor marca, os quartos de final, em 1998.

E, com os números da qualificação, isso poderá bem acontecer, já que os dinamarqueses conquistaram o Grupo F com nove vitórias e apenas uma derrota, mas sobretudo com 30 golos marcados e apenas três sofridos, em 10 jogos.

Já a Austrália, igualmente na sua sexta presença, aparece no Qatar vinda do ‘play-off’ com o quinto classificado da zona sul-americana, o Peru (0-0 e 5-4 nos penáltis), e sem nomes sonantes, com guarda-redes e capitão Matthew Ryan a ser o mais experiente, depois de passagens por Inglaterra e Espanha (está atualmente no Copenhaga).

Sob o comando de Graham Arnold, os ‘Socceroos’ vão tentar, pelo menos igualar a sua melhor campanha de sempre, quando em 2006, na Alemanha, chegaram aos oitavos de final.

Tal como australianos e dinamarqueses, a Tunísia vai também viver o seu sexto Mundial, embora, ao contrário dos seus dois rivais, nunca tenha passado da fase de grupos.

O selecionador Jalel Kadri vai tentar entrar na história do seu país ao ser o primeiro técnico a colocar a seleção tunisina na fase a eliminar, depois ter deixado pelo caminho o Mali, na qualificação africana.

Na primeira jornada, em 22 de novembro, a França defronta a Austrália, enquanto, no outro jogo, Dinamarca e Tunísia medem forças.

O Grupo D cruza nos oitavos de final com Grupo C, de Argentina, México, Polónia e Arábia Saudita.

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