Data de Nascimento: 21/03/1961

Nacionalidade: Alemanha

Presenças em Mundiais: 5 (1982, 1986, 1990, 1994, 1998)

Jogos em Mundiais: 25

Golos em Mundiais: 6

Títulos em Mundiais: 1 (1990)

É visto por muitos como um dos jogadores mais completos da história do futebol. Matthäus tinha as características que por norma se veem nos jogadores alemães, mas a elas somava uma magia técnica não muito comum na maioria dos futebolistas germânicos. E isso fez dele um dos nomes grandes do mundo do futebol nos finais da década de 1980 e ao longo da década de 1990. Ao ponto de ser até alvo de elogios por parte de Maradona, um dos rivais da sua era. Foi mesmo o primeiro jogador a conquistar o prémio de melhor do mundo atribuído pela FIFA, em 1991.

À sua qualidade técnica e tática juntou uma longevidade notável (tendo-se sabido ‘reinventar’ como jogador, recuando no campo à medida que a idade foi avançando), que lhe permitiu marcar presença em cinco Campeonatos do Mundo (tendo conquistado um e disputado ainda outra final) e ser o primeiro a chegar aos 25 jogos em fases finais (número só agora igualado – e certamente superado domingo – por Lionel Messi). Dados que fazem de Lothar Matthäus um dos mais marcantes Cromos da História dos Mundiais.

Uma estrela alemã que brilhou entre os melhores e que atravessou três décadas

Lothar Herbert Matthäus nasceu em Erlangen, em março de 1961, iniciou-se no mundo do futebol nas camadas jovens do Herzogenaurach - ao mesmo tempo que ia tirando um curso de...design de interiores - mudando-se em 1979 para o Borussia Mönchengladbach, onde estreou como futebolista profissional.

Matthäus foi de imediato um dos destaques da equipa nessa temporada, com o Glabach a chegar à final da Taça UEFA e os bons desempenhos valeram-lhe mesmo a primeira chamada à seleção principal da Alemanha Ocidental. Somou então em junho de 1980 a primeira de 150 internacionalizações (ainda hoje um recorde), primeiro com a República Federal Alemã e depois já com a Alemanha unificada.

Manteve-se no Mönchengladbach até 1984, ano em que foi contratado pelo Bayern Munique. Na primeira passagem pelo gigante bávaro, que durou até 1988, conquistou três Campeonatos alemães e uma Taça da Alemanha, jogando pelo meio a final do Mundial 1986 pela seleção do seu país.

Rumou, de seguida, ao Inter de Milão e foi aí que se afirmou em definitivo como um dos melhores jogadores daquela altura, numa era em que as principais estrelas do futebol pontificavam na Serie A italiana. Foi campeão logo na temporada de estreia pelos nerazzurri em que chegou, à frente do Milan de Van Basten e o Nápoles de Maradona. Pelo Inter ganhou ainda uma Taça Uefa, já depois de ter liderado a Alemanha rumo ao título mundial, em 1990, naquele que foi o seu terceiro Campeonato do Mundo. Mas a sua carreira iria durar ainda mais dez temporadas depois disso.

Final no Mundial de 1986, título em 1990 e recorde de jogos em 1998

Matthäus já tinha estado na conquista do Europeu de 1980 por parte da República Federal da Alemanha - embora longe de ser titular - antes de se chamado para o seu primeiro Campeonato do Mundo, em 1982. Com apenas 21 anos, manteve-se nesse Mundial na condição de suplente e, apesar de a Alemanha ter ido até à final (perdida para a Itália), só alinhou em duas partidas, como suplente utilizado.

A história seria diferente (embora o desfecho da Alemanha tenha sido o mesmo - finalista vencida) para Matthäus quatro anos depois, no Mundial 1986. Por essa altura, ele era já um dos principais nomes dos germânicos. Foi titular em todos os sete jogos da sua seleção nessa campanha rumo à final (perdida para a Argentina de Maradona) e nos oitavos-de-final marcou o golo da vitória sobre Marrocos, o seu primeiro golo em fases finais de Mundiais.

Matthaus disputa um lance com Maradona na final do Mundial'86
Matthaus disputa um lance com Maradona na final do Mundial'86

A glória chegaria, enfim, em 1990. Aí, no Itália'90, num país que tão bem conhecia, Matthäus chegou como capitão e principal figura da Alemanha e sairia como campeão do mundo. O médio mostrou ao que vinha logo no primeiro jogo: dois golos no triunfo por 4-1 sobre a Jugoslávia. Depois, novo golo no segundo jogo, ante os Emirados Árabes Unidos. Totalista em todos os sete jogos dessa caminhada triunfal rumo ao título, Matthäus marcaria ainda mais um golo nesse Mundial, na vitória por 1-0 sobre a Checoslováquia, nos quartos-de-final. A final seria outra vez contra a Argentina de Maradona, mas desta feita Matthäus e a Alemanha levariam a melhor.

Matthäus voltou para o Mundial'94, nos Estados Unidos, com 33 anos, já depois de sofrer algumas lesões graves. Apesar de muitos olharem a sua presença com desconfiança, apresentou-se a um bom nível, foi titular nas cinco partidas da Alemanha na prova e fez uma assistência nos oitavos-de-final, contra a Bélgica, antes de marcar o golo da Alemanha na surpreendente derrota por 2-1 ante a Bulgária, nos quartos-de-final.

Esse seria o último golo de Matthäus em Mundiais, mas não o último jogo. É que, com 37 anos, esteve ainda no Mundial'98, em França. Aí, e atuando já numa posição mais recuada, como líbero saltou do banco no segundo encontro da fase de grupos (depois de ter sido suplente no primeiro) e foi titular nas três partidas seguintes, despedindo-se dos Campeonatos do Mundo com uma pesada derrota por 3-0 frente à Croácia, outra vez nos quartos-de-final. Foi o seu 25.º em fases finais, até este Mundial do Qatar um recorde.

Matthaus com o troféu de campeão do mundo em 1990
Matthaus com o troféu de campeão do mundo em 1990 FIFA

E depois do seu 5.º e último Mundial?

Ao alinhar nesse Mundial’98, Matthäus tornou-se na altura apenas no segundo jogador da História (depois do mexicano Antonio Carbajal) a estar em cinco fases finais de Campeonatos do Mundo. Mas ainda veio a jogar mais uma grande competição pela Alemanha, ao marcar presença no EURO2000, que não correu nada bem aos germânicos.

Nessa altura jogava pelo Bayern, onde havia regressado em 1992/93, depois de deixa o Inter, fazendo parte da equipa que perdeu a mítica final de 1998/99 para o Manchester United, em Barcelona. Terminaria a carreira em 2001, após ter uma curta experiência na MLS (Liga Norte-Americana de Futebol), onde alinhou pelo New York Metro Stars.

Pouco depois de pendurar as chuteiras deu início à carreira de treinador, com uma passagem pelo comando técnico do Rapid Viena. Orientou também o Partizan de Belgrado, a seleção da Hungria, o Atlético Paranaense, o Red Bull Salzburgo, o Maccabi Netanya, de Israel, e a seleção da Bulgária, que deixou em 2011. Desde então, não mais voltou a exercer funções de treinador, tendo vindo a trabalhar fundamentalmente como comentador desportivo.

Matthaus festeja um golo pela Alemanha
Matthaus festeja um golo pela Alemanha

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