O treinador português Paulo Fonseca, que assinou um contrato de dois anos com o Lille, disse hoje que deseja fazer do clube um “dominador” nos seus jogos na Liga francesa de futebol.

“Sou um treinador ofensivo, que gosta de levar o jogo para a frente. Gosto de poder dominar as partidas, ter uma equipa agressiva que pressiona muito. Queremos lutar contra todos os adversários para vencer o maior número de encontros possível”, disse, na apresentação.

Depois de uma época sem treinar, tendo a sua última experiência acontecido na Roma, antes de ser substituído por José Mourinho, Paulo Fonseca vai liderar a equipa que ficou em 10.º no campeonato, um ano depois de ter sido campeã.

“Quero uma equipa ofensiva, corajosa, com uma atitude exemplar no terreno. Gosto que a minha equipa tome a iniciativa, tente dominar os seus adversários, arrisque e seja sólida quando perde a bola, com reações rápidas e forte pressão. A ideia principal é construir uma equipa que deixe os seus adeptos orgulhosos, mesmo nos momentos em que não ganha”, completou.

O técnico de 49 anos revelou-se “muito entusiasmado” com a nova experiência, mas evitou avançar mais detalhes, pois entende que os seus pupilos devem ser os primeiros a conhecer as suas ideias mais pormenorizadamente.

Fonseca elogiou o clube “grande e histórico” do futebol francês, que considera ser “um dos melhores e mais fortes” campeonatos internacionais, um dos motivos para ter aceitado o desafio de treinar o Lille.

“Queria treinar numa grande liga e a francesa é uma das melhores da Europa. Este campeonato é muito competitivo, com características muito específicas. Estou habituado a observar a Ligue 1. Terei de me adaptar a ela, não será um problema para mim. E também acredito que posso trazer novas ideias para a equipa”, sublinhou.

Paulo Fonseca admitiu que já tomou café com o central José Fonte, recordando que falam a “mesma língua” e assumindo que pode contar com o internacional luso para o “ajudar com a equipa”.

O técnico admitiu que não vai começar a preparação com todos os jogadores com os quais trabalhará “diferentes ideias, diferentes conceitos do jogo”, num processo “trabalhoso” no qual contará com o apoio dos adeptos.

Renato Sanches, Xeka e Tiago Djaló são os outros portugueses do Lille.

O técnico luso terá como adjuntos Jorge Maciel, o preparador físico Paulo Mourão, o treinador de guarda-redes António Ferreira e o analista Tiago Leal.