Apesar de ter representado Manchester United e Real Madrid, nunca se sagrou campeão europeu. Mas, se na Europa o sucesso coletivo lhe fugiu, individualmente tratou de fazer a sua parte, como provam as três épocas em que se sagrou melhor marcador da Champions, em 2002, 2003 e 2005, num total de 60 golos em 81 jogos.
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Golos atrás de golos e uma personalidade difícil, foi a imagem que ficou deste goleador holandês que se destacou no PSV Eindhoven. Antes disso, nasceu para o futebol profissional no Den Bosch, cresceu no Heerenveen, e no clube da Philips foi campeão e o melhor marcador do campeonato por duas vezes. Por esta altura, já marcava também pela Holanda e era inevitável continuar a marcar por outras paragens.
Em duas épocas marcou 73 golos em 78 jogos pelo PSV e Sir Alex Ferguson pediu a sua contratação. A Direção do Manchester United fez-lhe a vontade, mas uma rotura de ligamentos fê-lo ficar mais um ano em Eindhoven. Em 2001 concretizou-se a ida para Old Trafford e o matador holandês dissipou qualquer dúvida relativamente à sua condição física: em cinco épocas nos Red Devils foi campeão inglês, venceu a Taça de Inglaterra, a Taça da Liga, a Supertaça e foi o melhor marcador e melhor jogador da Premier League. Só faltaram mesmo os títulos internacionais.
Em 2006 mudou-se para o Real Madrid, talvez em busca do título europeu que sempre lhe fugiu, mas na capital espanhola não teve melhor sorte. Uma vez mais, colecionou troféus domésticos, foi também o melhor marcador de La Liga, mas os problemas físicos eram cada vez mais evidentes e foi perdendo fulgor.
Depois de três épocas nos Merengues experimentou um novo campeonato, desta vez a Bundesliga, com a camisola do Hamburgo. Viveu uma época e meia junto ao rio Elba e decidiu regressar a Espanha para a última época da sua carreira, no Málaga.
Foi, sem dúvida, no seguimento do que fora o compatriota Marco van Basten, um dos últimos grandes números nove do futebol mundial.
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