Reconhecido em Inglaterra por ser um profundo defensor da causa LGBT, tendo envergado por diversas vezes uma braçadeira de capitão arco-íris, o médio internacional inglês Jordan Henderson foi alvo de fortes críticas depois de ter assinado pelo Al-Ettifaq, da Arábia Saudita, país onde a a homossexualidade é considerada um crime. Agora, veio a público defender-se.
Compreendo a frustração. Compreendo a raiva. A minha intenção nunca foi magoar ninguém. Não excluo a hipótese de usar atacadores arco-íris mas, ao mesmo tempo, o que também não quero fazer é desrespeitar a religião e a cultura da Arábia Saudita. Se estamos todos a dizer que toda a gente pode ser quem quiser e que toda a gente deve ser inclusiva, então temos de respeitar. Se fazer algo assim é desrespeitar a religião do país, não o vou fazer. Mas se surgir a oportunidade de o fazer sem desrespeitar ninguém, então sim. Porque são esses os meus valores", explicou, em declarações ao 'The Athletic'.
Henderson garantiu ainda que a mudança para a Arábia Saudita não se deveu exclusivamente ao dinheiro.
"Queria algo que me entusiasmasse. Tinha de sentir que podia acrescentar valor, fazer e experimentar algo novo. É bom sentirmo-nos desejados. Sei que o clube queria muito que eu fosse e queria que tentássemos construir, nos próximos anos, algo que veio para ficar e ser uma das melhores ligas do mundo. As pessoas podem acreditar em mim ou não, mas na minha vida e na minha carreira o dinheiro nunca foi uma motivação. E, sinceramente, os números não são verdadeiros. Não estou a dizer que não estou a ganhar bem, porque é um bom dinheiro e foi um bom negócio, mas não foram os números que foram divulgados", sublinhou.
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